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Em Belém, Damares diz que será candidata este ano; ministro Fábio Faria entrega 304 computadores

“No meu coração é o Pará, mas o Amapá também quer Damares senadora. Pode ser Sergipe, São Paulo”, declarou a ministra

Eduardo Laviano

Os ministros Fábio Faria (Comunicações) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) estiveram em Belém na manhã desta quarta-feira (23) para um evento do programa Abrace o Marajó, realizado na sede da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

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Na ocasião, Alves confirmou que será candidata nas eleições de outubro de 2022, mas que ainda está decidindo por qual estado e cargo que vai disputar - senadora ou deputada federal. “No meu coração é o Pará. Eu amo esse estado. Mas a gente tem o Amapá, que está querendo Damares senadora. Pode ser Sergipe, São Paulo. Ainda vou decidir, tenho até dia 31. Eu acho que agora vou [ser candidata] e estou animada. Depois do que estão querendo fazer, censurar a imprensa no Brasil, a internet, eu acho que é hora de ter uma ministra com coragem de falar sobre liberdades garantidas. Nossas liberdades estão em xeque e a gente tem que ter um senado que garanta o direito de liberdades”, disse ela, ao lembrar que ficou muito preocupada com a suspensão do Telegram no Brasil, em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que durou aproximadamente 48 horas.

Durante o evento, ela anunciou a concessão de dois mil contratos de concessão de uso de terra nos municípios de Curralinho e Bagre. A vinda da ministra estava inicialmente marcada para fevereiro, em Curralinho. Na época a previsão era de que mais de 500 títulos de terra seriam distribuídos para marajoaras, mas diversas entidades do setor produtivo e da indústria e comércio do Pará repudiaram a ação em carta enviada ao Ministério. Ela nega que tenha se intimidado com as críticas. "Mas o que aconteceu foi uma questão da minha agenda e da minha saúde também. A gente não cede a pressão de nenhum segmento. O Abrace Marajó é transparente e ele tem um comitê gestor que conversa entre si, com planejamento. Não tem nenhuma ação ali que é pressão ou não é pressão. Naquele momento eu tive um problema de saúde, saí de uma covid-19 e não tava bem, além de uma agenda internacional muito grande", explana.

Segundo a ministra, a mudança nos índices de desenvolvimento humano no Marajó é prioridade do Governo Federal. Segundo ela, os paraenses irão se surpreender até o final do ano com os novos índices da região que serão apresentados ao Brasil. "O Marajó está partindo para um momento de desenvolvimento", afirma. Ela conta que a região deve ser tema do Brasil em um fórum de desenvolvimento econômico que ocorrerá em Nova York em maio. 

Conexão

O ministro das comunicações, Fábio Faria, celebrou o avanço das políticas da pasta da Amazônia e fez a entrega simbólica de 304 computadores para escolas rurais e dois mil pontos de internet, também para escolas. Só no Pará, 1.535 pontos já foram instalados e o ministro lembrou que 77% deles estão em escolas, o que reforça o caráter educativo da internet para os jovens. Na opinião dele, o trabalho do ministério não é simplesmente entregar pontos de internet.

"São pontos de oportunidade. Já levamos 15 mil pontos para o Brasil, ou seja, 10 milhões de pessoas que a gente conectou. Eram 50 milhões de pessoas sem internet no Brasil e agora são 39 milhões por causa do programa Wi-Fi Brasil. Iremos conectar todas as escolas do Pará. Não vai ficar nenhuma escola, nenhuma comunidade ribeirinha que não tenha internet", garantiu ele, ao lembrar que a internet ajuda a dar voz para as pessoas e que o Brasil não pode ter tantas pessoas silenciadas. "Elas precisam ir para a internet, falar o que elas pensam, divulgar o Pará, conseguir fazer um curso on-line, se formar, estudar", avalia. O ministro também concedeu uma entrevista exclusiva para O Liberal falando sobre 5G na Amazônia, redes sociais, regulamentação da mídia e eleições. A conversa será publicada na próxima edição de domingo (27).

Na ocasião, a superintendente Louise Carolina Campos também anunciou o investimento de R$637 mil da Sudam para tecnologias de manejos de açaízais nativos na região. De acordo com Campos, a Sudam tem como objetivo promover o desenvolvimento includente dos povos da Amazônia. "Isso é uma missão muito nobre mas muito desafiadora e por isso mesmo que a gente não consegue fazer sozinho. Temos desafios e paradoxos imensos a serem superados. Participamos do Abrace o Marajó com o diagnóstico e caracterização do território junto com os técnicos e gestores. Fomos nas comunidades e ouvimos as demandas", disse ela após salientar que o Marajó é um retrato de quase toda a Amazônia. 

Segundo o Governo Federal, R$ 950 milhões já foram investidos na região e até 2023, por meio do programa, a intenção é investir mais R$ 720 milhões. O arquipélago com cerca de 2,5 mil ilhas apresenta um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, com oito municípios entre os 50 com pior IDH.

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