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Eleitorado paraense tem paridade de gênero e baixa escolaridade

Dados do TSE mostram aumento de 10,6% no total de eleitores em relação a 2018

Eduardo Laviano

O eleitorado paraense aumentou 10,6% em 2022 na comparação com 2018, saindo de aproximadamente 5,5 milhões nas últimas eleições gerais para 6,082 milhões neste ano. O número é bem maior que o crescimento nacional no mesmo período, que foi de 6,2%. Os números disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral dão sequência a uma tendência de aumento na quantidade de eleitores registrados no Pará, que crescem a cada eleição desde 2008.

Apenas 7,26% do eleitorado paraense possui ensino superior completo, enquanto a 26,33% possuem ensino fundamental incompleto. Os eleitores com ensino médio completo somam 25,03% do total, enquanto o grupo com ensino médio incompleto representa 16,37%. Todos os números estão em correspondência com os dados nacionais, com exceção do ensino superior completo, grupo que categoriza 10,95% dos eleitores brasileiros. 

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Na opinião do cientista político Rodolfo Marques, colunista de O Liberal, o Pará é extremamente importante no plano nacional das eleições pois exerce liderança e protagonismo em uma região que concentra mais de 50% do território brasileiro, mas com grandes vazios demográficos. O estado também concentra as maiores cidades da região Norte.

"Os eleitorados de cada estado não são grandes, mas o Pará é estratégico por ser o estado mais relevante, com maior população e maior colégio eleitoral. Temos o aumento no número de eleitores, que soma a questão da longevidade, com pessoas vivendo mais e optando por votar mesmo sem obrigatoriedade, e o acréscimo dos jovens a partir de 16 anos. É um novo perfil, mais integrado com as plataformas digitais, uma geração que vê a propaganda eleitoral com outros olhos. Antes era tudo mais voltado para TV e rádio e isso se modificou. Você tem um processo de transmidiatização, com conteúdos em diferentes espaços. Redes como o TikTok estão no contexto da comunicação eleitoral estratégica, com foco nos jovens", avalia.

Sociedade crítica

Marques destaca que os dados sobre a escolaridade do eleitor paraense são muito negativos, pois a cidadania se constrói a partir da educação e do acesso a informação, que se tornam base para uma sociedade mais crítica sobre os processos políticos e, por consequência, aumentam os níveis de cobrança por direitos dentro de uma democracia representativa. Ele nota que o estado todo tem sido visto como reduto eleitoral em potencial para a maioria dos políticos.

"No geral, tenho percebido um movimento muito forte no nordeste do Pará, no sul e sudeste, no oeste e no arquipélago do Marajó. Vejo muita movimentação principalmente para cargos proporcionais na busca desses colégios eleitorais que são importantes. E no executivo também vemos movimentações interessantes", diz. 

Participação das mulheres

Observada com lupa por políticos e marqueteiros, a participação das mulheres no eleitorado paraense reduziu entre os pleitos de 2018 e 2022. Se na última eleição geral elas representavam 51% dos eleitores registrados (2,780 milhões), este ano elas são 50%, com 3,066 milhões de títulos emitidos em nome delas, apenas 49 mil a mais que os homens.

O número sublinha a defasagem representativa das mulheres na política, já que o número de mulheres filiadas a partidos políticos no Pará é de 47%. A faixa etária com o maior número de eleitores é a entre 25 a 34 anos, com 1,396 milhão, seguida de perto pelo grupo entre 45 e 59 (1,330 milhão) e o entre 35 e 44 (1,297 milhão). Já os eleitores com 16 ou 17 anos aumentaram 44% desde 2018, passando de 85,177 para 122,780.

O Brasil tem 156,454,011 eleitores aptos a irem às urnas em outubro de 2022. O número é 6,2% maior do que o registrado em 2018. As mulheres respondem pela maior parte do eleitorado, com 53% de eleitoras contra 47% de eleitores. O percentual se manteve estável desde 2018. Já a faixa etária com o maior número de eleitores é a entre 45 e 59 anos, com 38,384 milhões de brasileiros aptos ao voto. O segundo lugar, com seis milhões de eleitores a menos, é do grupo entre 35 e 44 anos de idade. Já entre os novos eleitores, com 16 ou 17 anos completos este ano, aumentaram 51% nos últimos quatro anos: saíram de 1,4 milhão em 2018 para 2,1 milhões em 2022.

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