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Defesa de Braga Netto diz que direito de defesa foi cerceado por volume excessivo de provas

Advogado afirma que general é inocente e que não houve tempo suficiente para análise do processo.

Jéssica Nascimento
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No segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe, o advogado do general Walter Braga Netto, José Luís Mendes de Oliveira Lima, declarou que seu cliente é inocente e criticou o que chamou de cerceamento do direito de defesa.

Ao iniciar sua fala, Oliveira Lima prestou solidariedade ao STF e a seus ministros pelos ataques sofridos nos últimos anos. “Os ataques recentes são muito mais graves do que os registrados em outros momentos da história”, afirmou.

Em seguida, o advogado reforçou que, segundo a defesa, as provas e depoimentos presentes no processo demonstram que Braga Netto não participou de qualquer articulação golpista.

“Walter Souza Braga Netto é inocente”, afirmou, repetindo a frase duas vezes.

Oliveira Lima também argumentou que a defesa foi prejudicada pelo volume excessivo de documentos reunidos no processo, o que teria impedido uma análise adequada do material. “Só para conseguir abrir todos os documentos, nós demoramos mais de 30 dias”, afirmou.

Segundo ele, não foi dado o tempo necessário para a defesa atuar de forma plena.

“Não seria razoável que a defesa tivesse mais tempo?”, questionou, defendendo que em um julgamento de tamanha repercussão internacional, “o direito de defesa não pode ter nenhuma mácula”.

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Sessão segue sem presença de Bolsonaro

A sessão desta quarta-feira (3/9) foi retomada às 9h, com as sustentações orais das defesas de Jair Bolsonaro e de mais três réus. O ex-presidente não esteve presente. De acordo com seu advogado, Celso Vilardi, ele está bem, mas não compareceu por recomendação médica.

O julgamento começou na terça-feira (2/9), com falas do ministro Alexandre de Moraes, em defesa da ordem democrática, e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que responsabilizou os acusados por planejar uma ruptura institucional após a derrota eleitoral de Bolsonaro em 2022.

 

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