2º dia de julgamento: defesa de Paulo Sérgio Nogueira afirma que general atuou para evitar golpe

Advogado diz que ex-ministro da Defesa tentou dissuadir Bolsonaro e não participou da articulação golpista.

Jéssica Nascimento
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Durante o segundo dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado, a defesa do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, afirmou que ele foi contrário a qualquer movimento golpista e teria atuado nos bastidores para evitar medidas antidemocráticas.

Segundo o advogado Andrew Fernandes Farias, Paulo Sérgio “atuou ativamente para demover o ex-presidente da República de qualquer medida nesse sentido”. De acordo com ele, o general tinha receio de que a tensão política levasse algum oficial das Forças Armadas a se posicionar de forma isolada, rompendo a unidade militar. Por isso, teria assumido o papel de tentar conter qualquer escalada institucional.

“O general Paulo Sérgio tinha a responsabilidade de ser o ministro da Defesa e honrar a memória de Caxias e das Forças Armadas”, afirmou Farias.

A defesa também argumentou que a ausência do general no chamado “gabinete de crise”, no dia 8 de janeiro, e os ataques virtuais que ele sofreu à época são provas de que ele não integrava qualquer núcleo conspirador.

“No dia do gabinete de crise, cadê o general Paulo Sérgio? Ele não está lá. Está mais que provado que o general é inocente”, disse o advogado.

Farias ainda observou que, durante o período dos fatos, era comum que oficiais das Forças Armadas se manifestassem politicamente nas redes sociais, o que não indicaria, por si só, envolvimento em ações golpistas.

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Julgamento segue sem presença de Bolsonaro

O julgamento foi retomado às 9h desta quarta-feira (3/9), com as sustentações orais das defesas de Jair Bolsonaro e de mais três réus. O ex-presidente não compareceu à sessão. Segundo seu advogado, Celso Vilardi, ele está bem de saúde, mas optou por não ir ao STF por recomendação médica.

Na abertura do julgamento, na terça-feira (2/9), o ministro Alexandre de Moraes fez uma defesa contundente do Estado Democrático de Direito. Já o procurador-geral da República, Paulo Gonet, responsabilizou os acusados por um suposto plano para reverter o resultado das eleições de 2022.

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