‘Não há provas’: defesa de Bolsonaro nega envolvimento de ex-presidente em plano golpista

Advogado afirma que ex-presidente foi “dragado” para investigações e critica acesso aos documentos do processo.

Jéssica Nascimento
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No segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe, o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, negou qualquer envolvimento de seu cliente em ações contra o Estado Democrático de Direito. Segundo ele, não há provas que vinculem Bolsonaro aos supostos planos golpistas investigados pela Polícia Federal — nem mesmo nas declarações do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que fez acordo de delação premiada.

“Estamos diante de um julgamento histórico, não apenas pela importância do tema — o Estado Democrático de Direito —, mas também por envolver um ex-presidente da República, generais e outros núcleos em um processo complexo”, afirmou Vilardi.

O advogado argumentou que Bolsonaro foi “dragado” para o centro das investigações e reiterou que não existem elementos que comprovem sua participação direta em qualquer articulação golpista.

Vilardi também questionou o acesso às provas reunidas no processo, alegando que a defesa teve pouco tempo para analisar os documentos apresentados pela acusação.

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Nenhum dos réus, incluindo Bolsonaro, compareceu à sessão desta quarta-feira (3/09) no STF.

Bolsonaro não compareceu à sessão

O julgamento foi retomado às 9h desta quarta-feira (3/9), com as sustentações orais das defesas de Bolsonaro e de outros três réus. O ex-presidente não acompanhou a sessão presencialmente. De acordo com seu advogado, ele está em boas condições de saúde, mas se ausentou por recomendação médica.

Na terça-feira (2/9), primeiro dia do julgamento, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, destacou a importância da defesa da soberania nacional. Já o procurador-geral da República, Paulo Gonet, responsabilizou os acusados pela tentativa de subverter o resultado das eleições de 2022.

 

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