Seis pessoas são julgadas por envolvimento na morte de vendedor de joias em Marabá
O caso ocorreu em 13 de abril de 2021, quando a vítima desapareceu misteriosamente e o corpo dela foi encontrado às margens do Rio Itacaiunas, em Marabá, dois dias depois

Seis pessoas são julgadas nesta quarta-feira (10/9) pelo Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Belém, acusadas de envolvimento na morte do vendedor de joias Edilson Pereira de Sousa. O caso ocorreu em 13 de abril de 2021, quando a vítima desapareceu misteriosamente e o corpo dela foi encontrado às margens do Rio Itacaiunas, em Marabá, dois dias depois.
Segundo o Ministério Público do Pará (MPPA), Edilson possuía uma dívida de R$ 1,9 milhão com Oinotna Silva Ferreira. Edilson teria sido atraído a um condomínio em Marabá, sob o pretexto de negócios, e seu corpo foi encontrado dois dias depois, em 15 de abril, no Rio Itacaiúnas.
A investigação do caso inclui laudos periciais, quebras de sigilo telefônico e relatos de testemunhas. Registros de localização de celulares (ERBs) de alguns dos acusados foram identificados tanto nas proximidades do condomínio quanto no local onde o corpo e o veículo da vítima foram encontrados.
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Além disso, facas e cordas, descritas como similares às usadas no crime, foram apreendidas nas residências de alguns envolvidos, reforçando a linha da acusação. Testemunhas também relataram movimentações incomuns no condomínio e a utilização do veículo da vítima após o horário do crime.
Entre os réus, quatro são da mesma família, e são eles: Oinotna e a filha dela, a digital influencer Gabryella Ferreira Bogéa; além de Maria da Paz Silva Ferreira, avó materna de Gabryella; Raphael Ferreira de Abreu, irmão de Gabryella. Os outros dois acusados julgados são Bruno Gleander Barbosa França, ex-namorado de Gabryella, e Mateus Freitas Mendes.
A defesa de Gabryella e da família dela, composta pelos criminalistas Odilon Vieira, Diego Adriano Freires, Magdenberg Teixeira, Thiago Alves e João Victhor Rodrigues, sustenta que o executor principal do crime não está entre os réus e que a justiça pode ter sido "induzida a erro".
De acordo com a defesa, um dos pontos centrais a ser explorado pelos advogados é a dificuldade apontada na própria investigação em precisar o local exato onde o homicídio ocorreu.
Ainda conforme os advogados, Bruno, cuja defesa está a cargo de Arnaldo Ramos, teria confessado parcialmente participação no caso, especificamente na ocultação do cadáver.
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