Sargento investigado por balear universitária em Belém é expulso da PM
A vítima foi alvejada na barriga em uma parada de ônibus no bairro do Guamá, em setembro de 2023, e relatou ter sido importunada sexualmente pelo suspeito

A Polícia Militar do Pará (PMPA) expulsou o 1º Sargento Artur dos Santos Júnior, investigado por “tentativa de homicídio qualificado”. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (22/7), no Diário Oficial do Estado (DOE). O documento informa que o processo de exoneração ocorre ‘a bem da disciplina’. Em nota, a Polícia Civil informou nesta terça-feira (23/7) que "o caso foi concluído e remetido à Justiça".
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O agora ex-PM é suspeito de balear a jovem Catharina Kethellen da Silva Palmerin, 24 anos, em setembro de 2023, após assediar a universitária. A ação ocorreu no bairro do Guamá, em Belém, e foi registrada por câmeras de segurança.
Após a repercussão da expulsão do Sargento Artur, que era lotado no Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), a redação integrada de O Liberal solicitou um posicionamento da Polícia Militar e aguarda o retorno. Ainda no dia 6 de setembro de 2023, a PM divulgou uma nota informando que havia sido instaurado um procedimento disciplinar para apurar em profundidade o caso e adotar as medidas administrativas pertinentes, de forma rigorosa.
O caso ainda tramita na justiça comum, pois, no momento do baleamento, Artur não estava a serviço da Polícia Militar do Pará (PMPA). Segundo o documento do processo que investiga o caso, disponível no site do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), há provas sobre o crime. “No boletim de ocorrência e nos depoimentos das testemunhas. (...) O relato indica que o flagranteado, policial militar, estaria embriagado e teria tentado abusar sexualmente da vítima, a qual reagiu e, em decorrência disso, foi baleada”, diz o documento.
Relembre o caso
No dia 3 de setembro de 2023, a estudante de enfermagem Catharina Kethellen da Silva Palmerin, 24 anos, foi baleada pelo sargento Arthur dos Santos Júnior, no bairro do Guamá, em Belém. A vítima estava em uma parada de ônibus na avenida Barão de Igarapé-Miri, próximo à avenida José Bonifácio, no momento em que sofreu uma tentativa de abuso sexual por parte do militar.
Câmeras de segurança mostram que o policial se aproximou, passou a cercá-la e chegou e tentou puxá-la, pelos braços, em direção às barracas da feira do Guamá. Para se defender do ataque, Catharina desferiu um golpe de canivete no agressor. Ele, então, sacou a arma e atirou na jovem, ferindo-a no abdômen. A vítima foi socorrida e levada inicialmente ao Pronto Socorro do Guamá, onde passou por cirurgia. Em seguida, a jovem foi transferida para um hospital não informado. Segundo as investigações, no momento do crime, moradores da área tentaram defender Catharina. Mas o policial teria apontado a arma para eles, ameaçando-os, e em seguida fugiu. Logo depois, foi preso por uma guarnição da Polícia Militar. À polícia o militar alegou que a estudante teria tentado assaltá-lo.
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