Funcionando há 1 ano, Base Candiru apreende quase uma tonelada e meia de drogas em Óbidos, no Pará
Ativada em setembro de 2024, a Base Integrada Fluvial da Segurança Pública já realizou mais de 75 mil abordagens na região do Rio Amazonas

Mais de 75 mil abordagens e apreensão de cerca de 1.5 toneladas de entorpecentes escondidos em embarcações que trafegavam pelo rio Amazonas. Esse é o balanço de um ano de funcionamento da segunda Base Integrada Fluvial de Segurança Pública “Candiru”, que se destaca pela atuação ostensiva e preventiva na região de Óbidos, no Baixo Amazonas, no Pará.
A base fluvial iniciou suas atividades no dia 13 de setembro de 2024, no estreito de Óbidos, e vem atuando no combate à criminalidade na região, por meio de ações contínuas de fiscalização e no monitoramento de embarcações oriundas de outros municípios paraenses e também de Estados como o Amazonas e Amapá.
A Base Fluvial atende às estratégias de segurança adotadas para a região dos rios, visto que o Estado possui a maior extensão de tráfego de navegações do País, o que o torna atrativo para o transporte de cargas ilícitas vindas de outros Estados, destacou o titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.
“A base Candiru atende a uma necessidade não só da população local, mas, sobretudo, faz parte de uma estratégia bem planejada da segurança pública, voltada aos rios do Estado, em especial, para essa região, que é uma das principais rotas de contrabando e do tráfico de drogas no Pará”, disse. “Todo transporte de drogas vindo pelo rio Amazonas, em algum momento, passa por esse ponto e nós estamos justamente na 'garganta' do Amazonas, na parte mais estreita, onde toda embarcação pode ser parada e fiscalizada. Essa é uma demanda antiga, uma estratégia fluvial que já funciona muito bem no Marajó, onde atuamos com a primeira Base Fluvial, e agora com essa segunda base, cobrindo mais essa região da nossa extensa malha fluvial”, afirmou Ualame Machado.
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Base Fluvial já efetuou 48 prisões em flagrante
Em um ano, a Base Candiru, além de apreender 1.5 toneladas de entorpecentes, já realizou também a apreensão de 770 kg de pescado irregular. Os agentes integrados de segurança, condenados pelo Grupamento Fluvial de Segurança Pública, o GFLu, vinculado à Segup, já realizaram 42 cumprimentos de mandados de prisões e efetuaram 48 prisões em flagrante.
As equipes apreenderam também doze armas de fogo e 243 celulares. Foram recuperados, ainda, doze veículos, totalizando 75.086 abordagens a pessoas e 957 embarcações fiscalizadas. Os dados apresentados correspondem ao período de setembro de 2024 a agosto de 2025.
O diretor do Grupamento Fluvial de Segurança, coronel José Vilhena, destacou as ações dos agentes e o trabalho integrado, realizado diariamente na região do rio Amazonas. “Contamos com o trabalho contínuo dos nossos agentes que atuam para que as embarcações que cruzam essa região possam ser monitoradas e fiscalizadas. Contamos ainda com a presença dos cães farejadores, muitas vezes, fundamentais para que possamos identificar cargas transportadas de forma ilícita, a exemplo de drogas e pescados. Atuamos ainda com servidores dos órgãos ambientais e da Receita Federal, fundamentais para que possamos inibir também o contrabando nessa localidade”, disse o coronel.
Integração e efetividade
A Base Integrada Fluvial Candiru reúne os órgãos de Segurança Pública do Estado, assim como órgãos de fiscalização ambiental e alfandegários, tanto da esfera estadual quanto municipal, e ainda a Polícia Federal. A base Candiru, assim como a primeira Base Fluvial, “Antônio Lemos”, instalada no Marajó, atua com ações voltadas diretamente para a região fluvial do Estado, que tem como um dos principais objetivos beneficiar a população ribeirinha, nessas localidades, e garantir uma maior segurança no tráfego de embarcações, combatendo as ações de grupos criminosos que utilizam as rotas fluviais paraenses, assim como no combate aos crimes ambientais.
Tendo em vista a estratégia bem sucedida da utilização das Bases Fluviais, como forma de garantir maior segurança nos rios, realizando a cobertura dos principais corredores utilizados pelo crime para o fluxo de cargas ilícitas, como drogas e contrabando, que cruzam a malha fluvial do Pará com destino a países que fazem fronteira como o Estado, está sendo finalizada a obra da terceira Base Fluvial, denominada de “Baixo Tocantins”, que será instalada no município de Abaetetuba, para fortalecer ainda mais as atividades de segurança fluvial, atuantes na desarticulação do crime organizado.
“Neste momento estamos finalizando a obra da terceira Base Fluvial do Estado, que atuará com nossas equipes na região de Abaetetuba e Barcarena, fechando uma estratégia fluvial bem-sucedida apresentada pelo nosso Estado e reconhecida pelas demais federações do País. Destaco ainda que sempre consideramos, para a elaboração das estratégias de segurança, a especificidade do Pará em relação ao seu extenso corredor de rios, que são conhecidos como nossas ruas, e entender que esse também é um caminho utilizado pelo crime organizado, e assim atuar muito fortemente na sua desarticulação para inibir e coibir a criminalidade no território paraense”, afirmou o secretário de Segurança, Ualame Machado (Com informações da Agência Pará).
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