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Caso Vanessa: Justiça ordena prisão preventiva do principal acusado na morte da jovem no Marajó

Para o Poder Judiciário, o crime “revela a elevadíssima periculosidade e personalidade desajustada” do acusado, que “cometeu o ato de extrema gravidade e violência”

Saul Anjos
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O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) determinou a prisão preventiva de Willians Feitosa Rocha, 26, acusado de matar Vanessa Maia, de 14 anos, em Melgaço, no Marajó, após audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (18). A adolescente estava desaparecida desde a última sexta (15), quando saiu de casa e não entrou mais em contato com a família. O corpo dela foi encontrado na madrugada de domingo (17), dentro de um poço, mesma data em que Willians foi preso.  Segundo as investigações iniciais, a vítima apresentava sinais de enforcamento e violência sexual, o que será constatado após a conclusão do laudo pericial.

Durante o interrogatório policial, o acusado disse à polícia que Vanessa teria ameaçado contar para esposa dele que os dois “tinham um relacionamento”. O acusado falou que a jovem queria correr para a casa dele para informar a companheira do autuado a respeito da relação.

Na sequência, ele contou que teria puxado o vestido da menina e aplicado nela um mata-leão. Willians relatou que Vanessa teria desmaiado e, como ela não teria acordado, o acusado jogou o corpo da garota dentro de um poço de um metro de profundidade, que fica atrás de uma construção em Melgaço, conforme consta no documento da Justiça.

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O investigado foi autuado na tarde de domingo (17), no município de Melgaço, e confessou a autoria do crime

Depois disso, no fim da madrugada de domingo (17), Willians afirmou à Polícia Civil que pegou uma embarcação com destino a casa de um familiar para tentar fugir. Além de afirmar ter matado Vanessa, ele alegou que jogou o corpo da adolescente no poço para dificultar que fosse encontrada.

O Ministério Público do Pará (MPPA) defendeu pela homologação do auto de prisão em flagrante e a prisão preventiva do acusado. Por sua vez, a defesa de Willians requereu a concessão da liberdade provisória dele, alegando ausência dos "requisitos da prisão preventiva do autuado”.

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No entanto, com base na confissão feita por Willians e depoimentos de testemunhas, o juiz de direito Rodrigo Silveira Avelar, disse que o crime “revela a elevadíssima periculosidade e personalidade desajustada” do acusado, que “cometeu o ato de extrema gravidade e violência”. E que, por conta disso, e para resguardar a ordem pública, se fez necessário o acautelamento preventivo de Willians.

“Sendo assim, resta demonstrado, na hipótese dos autos, o perigo gerado pelo estado de liberdade do autuado, fazendo-se necessário o seu acautelamento preventivo para resguardar a ordem pública, na medida em que a gravidade concreta de sua conduta constitui inegável elemento capaz de demonstrar o risco social que sua liberdade pode acarretar à coletividade”, ordenou o juiz Avelar.

O juiz deliberou que a decisão sirva como ofício à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) para que o preso seja transferido para o sistema penitenciário. As investigações da morte de Vanessa continuam para identificar se há outros envolvidos no crime. Além de Willians, um adolescente foi apreendido pela polícia por suspeita de envolvimento no caso.

Relembre o caso

Depois de buscas entre os órgãos de segurança pública e os moradores da região, o corpo de Vanessa Maia foi encontrado dentro de um poço em Melgaço, na Região de Integração do Marajó.

Antes de encontrarem o corpo da garota, um adolescente de 14 anos foi ouvido pela polícia e afirmou que a vítima estava morta. Após a localização do corpo, o garoto foi apreendido pelas autoridades por ato infracional análogo ao crime de homicídio. Ele foi incluído como um dos suspeitos de assassinar a garota.

Willians Feitosa Rocha, o principal acusado no crime, foi localizado pela Polícia Militar em um rio entre Melgaço e Portel ainda no domingo (17). Ele já tinha passagem pela Justiça por outro crime sexual.

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