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Bombeiros registram 231 casos de afogamentos em 2022, no Pará

No ano passado, houve um aumento de 78 ocorrências de afogamento em comparação a 2021, que foi de 158

Saul Anjos
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O Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) contabilizou 231 caso de afogamentos no Pará somente no ano passado. É o que afirma o major Leonardo Sarges, do CBMPA, que conversou com a redação integrada de O Liberal, na tarde de sexta-feira (6). Em 2022, os bombeiros registraram um aumento de 78 casos de afogamentos em comparação a 2021, que foi de 158. Este ano já conta com cinco ocorrências de afogamentos. Três desses registros ocorreram na noite de quinta-feira (5) em Mosqueiro.

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Entre os últimos quatro anos, 2020 contabiliza o maior número de mortes por afogamentos no Pará. Foram 246 casos. 2019 foram 167 afogamentos no estado.

O major aponta que a maior causa dessa quantidade de mortes é o comportamento que os banhistas têm nas águas. Ele usou como exemplo os dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), que apontam 16 mortes por dia causadas por afogamento no Brasil.

“Esses casos de afogamento têm relação com o comportamento que o ser humano tem no ambiente aquático. Há vários pontos que podem ser fatores determinantes como: ingestão de bebida alcoólica, quando o indivíduo superestima sua capacidade de nado, o banhista que não pega informações com guarda-vidas ou não respeita as sinalizações no ambiente em que ele está, até mesmo quando uma criança é deixada sozinha na água. Tudo isso corrobora nessas tragédias”, disse.

Afogamento em Mosqueiro

Leonardo também aproveitou para citar o caso de afogamento ocorrido na Ilha de Mosqueiro, na praia do Paraíso, na noite de quinta-feira (5), que resultou na morte de Maria Luiza Barbosa Belcolt Gaia, de 19 anos, Lauro Júnior Siqueira Damião, de 42 anos, e Caio Henrique Costa Miranda, de 20 anos.

Lauro e Caio foram ajudar a jovem que estava se afogando e os dois acabaram morrendo junto com Maria.

Nessa situação, o major do CBMPA afirma que, a praias do Paraíso, do Marahu e da Baía do Sol, são os três locais beira-mar mais perigosos de Mosqueiro. O motivo, é por conta do terreno declinado que elas têm e isso acaba oferecendo perigo aos banhistas.

Ele diz que a recomendação é de que a pessoas não nadem durante o período noturno, pela pouca visibilidade, ou que aquelas que não saibam nada, não tentem pular nas águas para ajudar quem está se afogando.

“Nessa situação de Mosqueiro, a maneira correta de agir é que, quem não tenha conhecimento ou treinamento técnico nas águas, não tente ajudar quem está se afogando. As praias do Paraíso, Marahu e Baía do Sol são as mais perigosas de Mosqueiro. Caracterizamos elas como praias de Tombo, por terem um terreno desnivelado. Você está andando normalmente e acaba caindo num declive profundo. As águas dos rios do Pará são turvas e isso faz com que não percebamos esses buracos.

Se a pessoa não sabe nadar, jamais deve passar da altura em que a água atinja a altura do umbigo. Se ela passar desse limite, pode cair num desnível de solo ou numa correnteza e ser levada pelas ondas. Para isso, é essencial que os banhistas conversem com os guarda-vidas para saberem os perigos daquele ambiente e o que não deve ser feito”, esclareceu o bombeiro.

Praia mais perigosa do Pará fica em Cotijuba

As estatísticas da CBMPA nomeiam a praia do Vai Quem Quer, localizada na Ilha de Cotijuba, distrito de Belém, como a mais perigosa do Pará. A causa desse título é por conta de as águas serem banhadas pela Baía do Marajó que possui forte correntezas em conjunto com a força dos ventos locais. A área, que também se trata de uma praia de Tombo, foi ponto da maior tragédia de 2022 no Pará, o naufrágio da embarcação Dona Lourdes II, no dia 8 de setembro. 23 pessoas morreram, sendo 13 mulheres, seis homens e quatro crianças.

Prevenção na hora de um afogamento

O major Leonardo explica que o contexto deu dicas de como prevenir afogamento. Os casos de exigem que o banhista mantenha a calma e peça por ajuda. Para pessoas que não saibam nadar, a recomendação é de que utilizem colete salva-vidas ao ultrapassarem o limite de segurança.

“Se uma pessoa que não sabe nadar está se afogando, a melhor maneira que ela tem a fazer é manter a calma. Caso ela tenha passado o limite de segurança, ela precisa estar usando colete salva-vidas. Para pessoas que sabem nadar, elas devem ir em direção paralela à praia e de forma lateral a correnteza para que retornem a margem.

O importante é ter calma nos dois casos. O afogamento tem três fases: angústia, que é quando a pessoa tenta voltar a praia; pânico, que ocorre no momento em que a vítima está cansada e costuma inspirar água e depois vem a submersão, quando os pulmões da vítima estão cheios de água e ela afunda. Em ambos as circunstâncias é preciso ter calma”, informou.

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