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Santarém: Técnicos da prefeitura investigam denúncias de contaminação em barragem que transbordou

Uma equipe de Perícia Criminal do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves também se apresentou ao local para realizar uma investigação

Andria Almeida
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Após ter a barragem comprometida pelas fortes chuvas, o aterro do Perema de Santarém recebeu uma visita técnica nesta quinta-feira (17). A vistoria foi realizada por uma equipe do Conselho Municipal de Meio Ambiente, ligada a Secretaria de Meio Ambiente (Semas), eles foram até o local analisar denúncias de contaminação dos igarapés por vazamento do dique de contenção da lagoa de chorume, que é um líquido escuro que resulta da decomposição da matéria orgânica do lixo.

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Segundo Victor Matheus, Engenheiro Ambiental e Sanitário da Semma, na última semana houve denúncias aos órgãos públicos sobre o chorume que estava transbordando da lagoa nos dias de chuva.

“As denúncias falavam sobre uma possível contaminação dos igarapés e rios das comunidades próximas ao Perema por conta da possível queda da barragem que separa a água contaminada do aterro com a água que as comunidades usam no seu dia a dia. Por conta disso, viemos aqui averiguar se a informação procede e quais ações devemos tomar caso se confirme a denúncia”, explicou.

Drones são usados para a vistoria

Paralelamente à visita do Conselho, uma equipe de Perícia Criminal do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves também se apresentou ao local para realizar uma investigação, eles usaram drones para capturar imagens aéreas detalhadas da barragem.

De acordo com Flávio Nascimento, gestor do aterro do Perema e agente da Secretaria Municipal de Urbanismo e Serviços Públicos (Semurb), a barragem que separa as águas contaminadas das que são usadas nas comunidades sofreu avarias devido a assoreamento causado pela forte chuva, no entanto, diz ele, não houve contaminação ou contato entre as águas separadas pela barragem.

 “No dia 7 desse mês, nós detectamos que a barragem tinha sofrido erosão devido às chuvas fortes e por conta disso, nós realizamos o trabalho de contenção no mesmo dia do ocorrido para evitar danos às comunidades. Nós não só recolocamos as contenções como as reforçamos para garantir que nada vazasse para os igarapés. Hoje pudemos constatar que essas medidas foram eficazes já que não foram encontrados nenhum sinal de vazamento ou de contaminação”, detalhou o Chefe de Divisão de Saneamento do Município.

Denúncias de comunitários

Os comunitários relatam mortes de animais como galinhas, gado e porco nas proximidades, a suspeita deles é que a água contaminada esteja causando as mortes. Outro ponto de reclamações é o forte odor que afeta os moradores, segundo relatos o cheiro de podridão é tão forte que causa náuseas e vômitos.

O morador da área da comunidade do Perema, Alessandro Nogueira, denunciou que devido às chuvas, ocorridas no dia 6 deste mês, a água contaminada subiu 30 centímetros atingindo outras nascentes.

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