Projeto social em Castanhal faz a diferença na vida de crianças e jovens

O Jiu Jitsu Para Todos atende cerca de 150 alunos há seis anos

Patrícia Baía
Patrícia Baía
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O projeto “Jiu Jitsu para Todos” vem mudando a vida de crianças e adolescentes que fazem parte do projeto que é desenvolvido há seis anos, no bairro da Saudade, em Castanhal, região nordeste do estado.

A sede do projeto é muito simples, mas bastante acolhedora e foi construída com a ajuda dos pais dos atletas e dos professores em um terreno que pertencia ao mestre e criador do “Jiu Jitsu para Todos”.

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“No começo do projeto as aulas eram realizadas no ginásio da praça José João, mas a gente não tinha tanta liberdade porque na quadra também eram realizadas outras atividades e foi então que decidimos construir com muito esforço e ajuda de todos os pais a nossa sede”, explicou o mestre Wandeley Souza.

As aulas são realizadas de segunda a sexta em dois horários. No horário da tarde são as crianças e adolescentes e à noite os jovens a adultos. A primeira turma é maior, com meninos e meninas sempre muito atentos e com muita vontade de aprender a arte marcial.

O mestre conta que algumas mães e pais se tornaram alunos do projeto.

“Eu falo sempre que os pais precisam vir acompanhar os filhos, principalmente no começo para que as crianças não chorem quando eles vão embora. E temos duas mães e um pai que ficavam assistindo ao treino dos filhos e se interessaram pelo Jiu Jitsu. Hoje também fazem parte do projeto e fazem as aulas junto com os filhos. Isso é muito legal porque conseguimos realizar o sonho desses pai que sempre foi de aprender e não tiveram a chance no passado”, observou Wandeley Souza.

O começo

O convite para trabalhar dando aulas para crianças veio antes do projeto. O mestre fez parte do projeto da Guarda Mirim, da Guarda Civil Municipal de Castanhal. “Eu nunca tinha dado aula para crianças antes desse convite. Aí quando o projeto terminou eu fiquei com essa ideia de dar aula para as crianças do meu bairro”, disse.

Os alunos pagam uma mensalidade simbólica de R$ 20,00 para ajudar na manutenção da sede. “É uma taxa simbólica mesmo que ajuda na compra de material de limpeza e no pagamento da conta de energia, mas os alunos só pagam se realmente puderem. Não é obrigado. Temos alunos que não tem mesmo condições”, contou o mestre.

Depressão

Em seis anos de projeto, muitas crianças e adolescentes já tiveram suas vida modificadas por causa do esporte. Algumas crianças já saíram de quadros graves de depressão após a prática do Jiu Jitsu.

“Foram vários casos. O mais recente foi de uma aluna que entrou aqui sem falar. Ela estava em um estado muito grave de isolamento por causa da morte do pai. A mãe já tinha começado o tratamento com a psicóloga, mas não tinha progresso e foi então que a mãe de uma criança do projeto que a conhecia fez o convite e ela trouxe a filha. Em menos de um mês a vida da menina mudou e até a psicóloga elogiou os resultados”, disse o mestre Wandeley Souza.

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