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Pelo menos 600 mil pessoas ainda não se vacinaram contra a covid-19 no Pará

Especialista orienta como evitar novas ondas de contágio durante as férias escolares

Camila Guimarães
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No Pará, cerca de 600 mil pessoas ainda não iniciaram o esquema vacinal contra a covid-19. O dado se torna preocupante durante o período de férias escolares, uma vez que aglomerações e o não uso de máscaras pode significar uma nova onda de contágio pelo novo coronavírus. De acordo com a Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), em junho deste ano, foram registrados 2.168 casos de covid-19 no estado. Em julho, do dia primeiro até domingo (3), 23 casos já foram confirmados.

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O professor Dirceu Santos, biomédico e mestre em doenças tropicais, explica que a pandemia tem se movido de forma cíclica, com tendência de aumento de casos logo após períodos de comemorações, como festas de fim de ano, carnaval e, também, férias escolares. Ele avalia que pelo menos dois fatores importantes colaboram com esse problema: as aglomerações e o relaxamento com algumas medidas importantes para controle da pandemia.

“São dois critérios que ficaram de escanteio, em 2022, que é a ampla testagem, já que mesmo pessoas assintomáticas podem transmitir o vírus, e a falta de cobrança da comprovação da vacinação, uma vez que a comprovação da terceira dose é uma referência importante, do ponto de vista epidemiológico”.

Com o aumento de pessoas com sintomas gripais em Belém, a Secretaria Municipal de Saúde chegou a reabrir o serviço de testagem gratuita na Unidade de Referência Especializada (URE) do Reduto, ainda no fim de junho. Medidas como essa, na opinião do especialista, precisavam ser amplamente acessadas, uma vez que, no estágio atual da pandemia, os sintomas podem ser facilmente confundidos com outras viroses:

“Nós chegamos numa etapa de manifestação da covid-19 em que a pessoa vai manifestar quadros sintomáticos gripais, cujo diagnóstico clínico pode ser direcionado a outras viroses que já eram recorrentes entre a população antes do período da pandemia. Por isso, é necessário a testagem, para se certificar de que a manifestação de um quadro gripal não seja um quadro brando de covid-19”, explica o biomédico.

Para Dirceu Santos, a ampla testagem garante dois principais benefícios para toda a população: o acompanhamento contínuo do número de casos e a possibilidade de suspender a transmissão do vírus ao dar à pessoa diagnosticada a certeza de que ela precisa entrar em isolamento. O médico explica que, somente desta maneira, é possível preservar pessoas de grupo de risco, que ainda podem evoluir para casos graves da doença, e evitar as sequelas a médio e longo prazo da covid-19.

“O que temos observado até aqui é que pessoas que tiveram covid-19 tem apresentado grandes alterações do sistema imunológico e exacerbação de reações que anteriormente não eram tão graves, como alergias, que passam a demandar um tratamento mais longo e medicações que acabam tendo impacto na saúde de forma geral”.

Para quem pretende aproveitar o período do veraneio, mas também não gostaria de descuidar da saúde, o biomédico orienta: “Qualquer manifestação de quadro viral representa uma demanda de utilização de máscara e de não aglomeração. A pessoa precisa entender que ela deve usar máscara, evitar locais fechados, evitar ir para festas com aglomeração e avisar sempre às pessoas quando ela estiver dentro de um possível quadro de transmissibilidade naquele momento”.

 

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