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Meningite no Pará: alerta epidemiológico pede atenção para casos da doença

Segundo documento divulgado pela Sespa, risco de contrair meningite é maior entre crianças menores de cinco anos

Thaís Neves | Especial para O Liberal
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A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou um alerta epidemiológico sobre a doença meningocócica, entre elas a meningite, em Belém e Região Metropolitana. Segundo o documento, o sistema de informação da pasta detectou um aumento no registro de casos de doença no mês de janeiro de 2024, na região metropolitana I, que engloba Belém, Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara.  Foram 9 casos confirmados em janeiro deste ano, enquanto que, no mesmo período do ano passado, não houve nenhum.

No alerta, a Sespa informa que “faz-se necessário que os profissionais de saúde estejam sensíveis à identificação precoce, notificação e investigação dos casos suspeitos da doença, tratamento e manejo adequado e oportuno dos casos”. “Profissional de saúde, da rede pública ou privada, em caso de atendimento de caso suspeito e/ou confirmado de DM, notificar imediatamente a vigilância epidemiológica municipal”, diz o texto. A redação integrada de OLiberal aguarda mais informações da Sespa sobre o alerta.

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De acordo com o alerta, foram notificados 13 casos suspeitos da doença, sendo 9 (69%) confirmados, e 4 estão aguardando confirmação laboratorial. “No mesmo período foram confirmados 2 óbitos residentes no município de Belém e Ananindeua e 2 estão aguardando resultado”, diz o texto. “Dos 9 casos confirmados, 4 (44%) casos foram do sorogrupo B e 05 casos aguardam confirmação do sorogrupo. Vale ressaltar que no mesmo período do ano passado, não houve registro de casos e óbitos confirmados de DM no estado do Pará”, informa a nota. 

O que causa a doença meningocócica?

A meningite é um processo inflamatório das meninges, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos, outros agentes ou processos não infecciosos. Segundo o documento, o risco de contrair meningite é maior entre crianças menores de cinco anos, no entanto, pode acontecer em qualquer idade.

Os principais sintomas são: febre, cefaleia, náuseas, vômitos, rigidez de nuca, sinais de irritação meníngea (Kernig e Brudzinski), dor muscular/articular, letargia, irritabilidade, dificuldade respiratória, alteração no estado mental e petéquias (manchas arroxeadas). 

Em crianças pequenas: abaulamento e/ou aumento de tensão da fontanela (moleira), gemência, irritabilidade e apatia que se alternam, recusa alimentar, respiração irregular. Convulsões, sinais neurológicos focais e coma são complicações que ocorrem dependendo do comprometimento encefálico.

Quais formas de se proteger da doença?

O infectologista David Bichara explica que as meningites são endêmicas e ocorrem o ano todo, entretanto, nos períodos chuvosos e frios se tornam mais frequentes pela possiblidade de aglomerações em recintos fechados. Por isso, recomenda-se evitar este tipo de ambiente, manter a casa arejada, reforçar os cuidados de higiene como lavar as mãos e proteção quando for tossir ou espirrar. Existem vacinas para alguns tipos de meningites que constam no calendário vacinal brasileiro quase todas ofertadas gratuitamente pelo SUS.

As vacinas

O médico explica ainda que as vacinas estão disponíveis para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são: Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C. Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.

Secretarias de Saúde

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informa que os postos de saúde de Belém estão abastecidos com a vacina Meningo ACWY, que protege contra 4 tipos de meningococo ( A, C, W, Y). “A vacinação pode ser feita de segunda a sexta-feira em todas as salas de vacinação do município, no horário de 8 às 17 h”.

A Secretaria de Saúde Publica do Estado (Sespa) esclarece, em nota, que não há registro de surto de doença meningocócica no Pará e que a secretaria emitiu alerta epidemiológico depois de registrar aumento de casos da doença. A Sespa reforça que o Estado disponibiliza prevenção com vacinas meningocócias conjugadas C e ACWY, além dos demais imunobiológicos a serem administrados no primeiro ano de vida, tais quais: vacina BCG, pneumocócica 10 e pentavalente.

Vacinas

Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. Meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.

Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A,C,W e Y.

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