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Indígenas do Baixo Tapajós fazem homenagem a Dom Phillips e Bruno Pereira

De acordo com o indígena Walter Kumaruara, cerca de 500 pessoas participaram da homenagem em memória ao jornalista e o indigenista

Ândria Almeida
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Durante acampamento com a presença de mais de  13 povos indígenas do Baixo Tapajós, na praça Barão do Rio Branco, em Santarém, o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, assassinados no Vale do Javari, foram homenageados na noite da última segunda-feira (20). Na ocasião, velas acesas no chão contornavam o formato de uma grande cruz, com cartazes fixados do lado de dentro, fixados ao solo, os indígenas fizeram um ritual tradicional com cantos e uso de maracás.

 

 

De acordo com o indígena Walter Kumaruara, cerca de 500 pessoas participaram da homenagem em memória ao jornalista e o indígenista. “Foram 13 territórios que participaram dessa nossa manifestação para que a gente realmente pudesse lembrar da luta que Dom Phillips e Bruno Pereira travaram quando resolveram vir para a Amazônia e lutar em defesa dos povos da floresta”, destacou.

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A mobilização de resistência traz o tema “Luta pela vida” e reúne mais de 13 povos da região do Baixo Tapajós e é promovido pelo Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns (CITA).

Segundo o CITA, o acampamento faz parte da Jornada Nacional de Mobilização do Movimento Indígena e dá continuidade às lutas contra a tese do marco temporal, que seria julgada no próximo dia 23 de junho no Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi retirada de pauta.

“Em todo o Brasil acontecem várias manifestações indígenas contra o marco temporal, contra todos os retrocessos e projetos de lei que afetam diretamente o direto dos povos indígenas.”, explicou coordenadora do CITA, Auricélia Arapiun.

Ainda segundo a coordenadora a mobilização visa ainda dá mais visibilidade a luta para acionar o STF para que volte com a pauta do marco temporal. Será uma semana toda de várias atividades.

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Grupo realizou a primeira reunião na manhã desta segunda-feira

Como parte da mobilização, no decorrer da semana devem ser promovidos debates relacionados à demarcação de terras, além da educação indígena e mudanças climáticas. A programação também tem como pauta o debate sobre projetos de leis e empreendimentos que afetam diretamente os direitos dos povos, trazendo um impacto muito grande para Amazônia. 

A coordenadora da CITA informou ainda que além dos trezes povos representados no acompanhamento, há uma expectativa de reforço. "Ainda virão outros povos, inclusive com a participação de outras regiões das organizações indígenas.". 

Na praça, uma feira também está sendo realizada com a exposição e venda de vários produtos da agricultura famíliar, artesanato, remédios e uma diversidade de produção da aldeias da região.

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