Imagens revelam itens de luxo apreendidos em apartamento de Daniel Santos; confira
Operação Hades, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Pará, apura a prática de crimes como fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa; veja foto

Foi divulgado, na noite desta terça-feira (5/8), imagens da "Operação Hades", que levou ao afastamento do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (MDB). Em coletiva de imprensa realizada em Belém, o promotor de Justiça Arnaldo Azevedo, que coordena o Centro Integrado de Investigação (CII) do Ministério Público do Estado Pará (MPPA), detalhou a apreensão de diversos itens de alto valor, incluindo relógios avaliados em até R$ 420 mil cada.
De acordo com o MPPA, o valor total dos relógios de luxo apreendidos pode chegar a R$ 3 milhões. "Os relógios devem valer R$ 420 mil cada. Ao todo, aproximadamente, existe lá cerca de R$ 2,5 milhões, chegando a R$ 3 milhões só em relógios", afirmou o promotor durante a coletiva. As imagens divulgadas mostram os itens de alto padrão reunidos no local onde foram encontrados.
A operação foi deflagrada após investigação conduzida pelo Centro Integrado de Investigação (CII/MPPA), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI). Por decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), além do afastamento de Daniel Santos, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços na Região Metropolitana de Belém, no interior do Estado e em outras regiões, incluindo o imóvel em Fortaleza (CE).
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Suspeitas e crimes investigados
Segundo o MPPA, a Operação Hades apura a prática de crimes como fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa. Conforme detalhado por Arnaldo Azevedo, a investigação revelou indícios de fraudes em procedimentos licitatórios que beneficiariam empresas com contratos com a Prefeitura de Ananindeua.
"O que originou [a investigação] foi que, no primeiro grau, se buscou a evidência de que havia fraudes de direcionamento às empresas que prestavam serviço ao município de Ananindeua, através de procedimentos licitatórios fraudados, inclusive com depósitos de empreiteiros nas contas do pregoeiro do município. Isso, por si só, já põe em dúvida a lisura do procedimento de licitação que a referida empresa ganhou", explicou o promotor.
Bloqueio de R$ 500 milhões
No total, a Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 500 milhões em bens de todos os investigados, incluindo imóveis, veículos, embarcações e aeronaves. Entre os valores bloqueados estão:
- Prefeito Daniel Santos: R$ 131,85 milhões
- Danil Linhares: R$ 124 milhões
- Manuel Paleta: R$ 119 milhões
- Paulo Macedo: R$ 3,27 milhões
O MPPA afirma que o bloqueio busca ressarcir os cofres públicos de Ananindeua.
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