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Entenda a operação que resultou no afastamento de Daniel Santos da Prefeitura de Ananindeua

Segundo o Ministério Público, são cumpridos mandados de busca e apreensão deferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em endereços localizados na região metropolitana de Belém, no interior e fora do Pará

O Liberal
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A operação “Hades” foi realizada pelo Ministério Público do Pará (MPPA) e resultou no afastamento de Daniel Santos do cargo de prefeito de Ananindeua, nesta terça-feira (5/8). Ela apura a prática de crime de fraude ao caráter competitivo de procedimentos licitatórios, além de corrupção ativa e passiva de agentes públicos e empresários. Segundo o MPPA, são cumpridos mandados de busca e apreensão deferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em endereços localizados na região metropolitana de Belém, no interior e fora do Pará, além da imposição de medidas cautelares diversas da prisão.

O trabalho foi realizado pelo Centro Integrado de Investigação do Ministério Público do Estado do Pará (CI/MPPA), por delegação da Procuradoria-Geral de Justiça, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI). Ainda conforme o MPPA, por decisão judicial, o prefeito de Ananindeua foi afastado cautelarmente do cargo.

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A Operação Hades ainda está em andamento, com 16 equipes dando cumprimento às ordens judiciais.

A redação integrada de O Liberal entrou em contato com Hugo Atayde para comentar a operação do Gaeco e o afastamento de Daniel Santos, mas o vice-prefeito não atendeu as ligações. A reportagem aguarda seu posicionamento.

Confira o posicionamento de Daniel

"A pública e notória perseguição política por parte do governo estadual não tem limites. Agora, os oligarcas da família Barbalho buscam através de sua rede de influências, junto a alguns promotores estaduais, criar mais uma falsa narrativa para interferir no processo eleitoral de 2026. Ao mesmo tempo, retiram da cadeira de prefeito de Ananindeua quem foi reeleito com 83,48% dos votos. Para tanto, utilizam instrumentos arbitrários, baseados em uma decisão monocrática, sem direito à defesa prévia, que parece atender apenas a interesses políticos locais. Não há nada a temer. Sou pré-candidato ao governo do estado e vamos lutar até o fim para libertar o Pará de uma ditadura que engana o povo e persegue quem não se ajoelha aos seus desmandos.", diz a nota na íntegra.

Após a veiculação da notícia sobre a operação, o prefeito foi às redes para dizer que é pré-candidato ao cargo mais alto do Executivo estadual, nas eleições de 2026. “Sou, agora mais do que nunca, pré-candidato ao governo do Pará”, postou em sua conta no 'X' (antigo Twitter). “Esse é o único caminho de combater e derrotar essa oligarquia dos Barbalho que há mais de 40 anos engana a nossa população”, acrescentou o prefeito, que afirma ser vítima de perseguição política.

Daniel, porém, não deu detalhes sobre os motivos do afastamento nem apresentou posicionamento ou explicações sobre o caso.
“Tal perseguição chegou ao ponto de afastarem, sem direito a defesa, o prefeito reeleito com a 2a maior votação do país. Vamos recorrer, vencer e lutar até o final pra derrotar essa ditadura. Seguimos firmes!”, continuou o prefeito.

A reportagem também acionou o TJPA para comentar sobre o afastamento. A assessoria informou que "o processo encontra-se em sigilo e somente as partes têm acesso". A reportagem também demandou o governo do Pará para comentar sobre as citações da nota de Daniel Santos. Assim que tiver retorno, o texto será atualizado.

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