Belém sedia Fórum com foco em maior atenção a doenças infecciosas e negligenciadas
Evento aborda como cidadãos afetados podem acessar a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças como Chagas, hanseníase, leishmanioses, malária e tuberculose.

Lideranças de organizações e movimentos sociais reúnem-se, neste sábado (12) e domingo (13), na 7ª edição do Fórum Social Brasileiro de Enfrentamento das Doenças Infecciosas e Negligenciadas, da Universidade do Estado do Pará (Uepa). O foco da programação é o debate sobre ações estratégicas em saúde e o atendimento a pessoas e comunidades atingidas por enfermidades consideradas “invisíveis”, como doença de Chagas, hanseníase, leishmanioses, malária e tuberculose. Vinculado ao 57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop 2022), o encontro anual volta a acontecer de forma presencial, dessa vez no Auditório Jean Chicre Bittar do Campus II (CCBS) da Uepa.
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Com transmissão ao vivo pelo YouTube, o evento busca acolher a participação virtual de mais pessoas interessadas em apoiar a causa em qualquer parte do Brasil e do mundo. Entre os participantes do debate, estão especialistas da ONG Médicos Sem Fronteiras, DNDi, NHR Brasil e Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Enfrentamento
Realizado desde 2016, o Fórum estabelece um espaço de representação para o enfrentamento a enfermidades que predominantemente atingem populações vulneráveis com pouco acesso a serviços de saúde e que recebem investimentos insuficientes em prevenção, diagnóstico e tratamento. O encontro une esforços e experiências coletivas de quem vive uma realidade de invisibilidade de políticas públicas e de investimentos em pesquisa e desenvolvimento em saúde.
Doenças Negligenciadas
Apesar de pouca visibilidade, estima-se que pelo menos 1,7 bilhão de pessoas em todo o mundo sejam afetadas por pelo menos uma das 20 doenças tropicais negligenciadas (DTN) prioritárias listadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, as enfermidades podem causar desde deficiências permanentes até morte.
No contexto da pandemia de covid-19, a situação tem sido ainda mais preocupante. De acordo com um estudo feito por profissionais da Universidade Federal de Uberlândia e da Universidade de Córdoba, houve uma forte redução nas notificações dessas doenças, acompanhada da redução do número de casos confirmados e do crescimento acentuado da taxa de letalidade.
Em relação à malária, por exemplo, a taxa de mortalidade subiu 82,55% apenas em 2020, ao mesmo tempo que registrou uma queda de 29,3% nas internações. Já leishmaniose visceral e a leptospirose tiveram aumento de mortalidade de 32,64% e 38,98% respectivamente. Com a notificação dos casos de hanseníase não é diferente. De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, dados preliminares referentes ao ano de 2021 apontam que o Brasil diagnosticou apenas 15.155 novos casos da doença, enquanto que em 2020 foram registrados 17.979: números bem abaixo da média quando comparados a anos anteriores à pandemia. Em 2019, por exemplo, foram notificados 27.864 casos da doença.
Serviço:
7º Fórum Social Brasileiro de Enfrentamento das Doenças Infecciosas e Negligenciadas
▪ Data: Dias 12 e 13 de novembro de 2022 (sábado e domingo)
▪ Horário: das 8h às 16h
▪ Local: Universidade do Estado do Pará - Campus II (Auditório Jean Chicre Bittar)
▪ Endereço: Tv. Perebebuí, 2623 - Marco, Belém, Pará
▪ Programação: https://bityli.com/gkbwblEdZ
▪ Transmissão pelo Youtube:
Fórum DTNs - Dia 1: https://youtu.be/WcsjyDI3uw0
Fórum DTNs - Dia 2: https://youtu.be/oDG0ZSWSalY
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