Zelensky diz que Ucrânia lutará ‘até o fim’ em mensagem pelo Dia da Independência do País
Em uma referência à Rússia, o presidente ucraniano declarou que o seu país "não tentará ficar bem com os terroristas"
O dia 24 de agosto marca da Independência da Ucrânia, mas, neste ano, também foi lembrado pelo seis meses de guerra contra a Rússia. Em uma mensagem em referência à data, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou que o país resistirá "até o fim" à invasão russa, sem fazer nenhuma concessão ou compromisso. As informações são da Agence France-Presse.
"Não nos importamos com o exército que vocês têm, só nos importamos com nossa terra. Lutaremos por ela até o fim", disse Zelensky, afirmando ainda, em referência aos russos, que a Ucrânia "não tentará ficar bem com os terroristas".
Na mensagem, o presidente afirma ainda que os ucranianos “permanecem firmes” há seis meses, lutando pelo próprio destino. "Para nós, a Ucrânia é toda a Ucrânia. Todas as 25 regiões, sem qualquer concessão ou compromisso".
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Autoridades locais informaram que as cidades de Kharkiv (nordeste) ou Zaporizhzhia e Dnipro (centro) foram atingidas por explosões na manhã desta quarta-feira. Um dia antes, a embaixada dos Estados Unidos em Kiev pediu aos cidadãos americanos que deixassem a Ucrânia, alertando para um possível aumento nos bombardeios "nos próximos dias" por parte das forças russas.
A Rússia continua atacando com frequência as cidades ucranianas com mísseis de longo alcance, mas raramente atinge Kiev e seus arredores, após terem recuado da capital ucraniana, no fim de março. Os principais combates se concentram no leste do país, onde Moscou avançou lentamente até chegar a uma fase de estagnação, e no sul, onde as tropas ucranianas anunciaram uma lenta contraofensiva.
As autoridades ucranianas proibiram qualquer evento público pelo Dia das Independência de segunda-feira até quinta-feira, na capital. O governador da região de Kharkiv ordenou um toque de recolher da noite de terça-feira até a manhã de quinta-feira.
Aproveitando a data simbólica, o governo dos Estados Unidos anunciará nesta quarta-feira uma nova ajuda militar de três bilhões de dólares, a maior enviada até o momento à Ucrânia, para ajudar Kiev a adquirir armamento, munições e outros equipamentos para o exército.
Além disso, os países da União Europeia reiteraram na terça-feira o apoio a Kiev, durante uma reunião da "Plataforma da Crimeia", que reúne os principais aliados da Ucrânia e existia antes da guerra.
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