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Detenta trans engravida duas colegas de cela e é transferida para presídio masculino

Ela tem postado sobre o drama que vive: ‘só consigo chorar’

O Liberal

Uma mulher trans que engravidou duas mulheres colegas de cela em uma prisão em Nova Jersey (EUA) e foi transferida para uma prisão masculina. As informações são da NBC. Em abril, o Departamento Correcional de Nova Jersey confirmou que duas detentas da Prisão Correcional Edna Mahan ficaram grávidas depois de ter “relações sexuais consensuais com outra pessoa encarcerada”.

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O pedido foi apresentado em abril ao tribunal de Santa Mônica, Califórnia, porém foi revelado somente neste fim de semana pelos veículos de imprensa americana.

A identidade das duas detentas grávidas não foi divulgada na época, e não ficou claro se as duas detentas fizeram sexo com a mesma detenta transgênero ou com diferentes detentas transgêneros.

Transferência

Agora, o Departamento de Correções confirmou que uma prisioneira transgênero, que engravidou as duas mulheres, foi transferida para a Garden State Youth Correctional Facility, uma prisão para jovens infratores adultos.

A detenta Demi Minor, 27, foi colocada em Edna Mahan depois que Nova Jersey promulgou uma política em 2021 permitindo que os prisioneiros fossem colocados em instalações de acordo com a identidade de gênero de sua preferência, informou o New York Post. Os presos podem fornecer sua preferência de identidade de gênero a qualquer momento durante o encarceramento, de acordo com a política.

“Esse ódio tem que parar”

Minor vem emitindo declarações e postando nas redes sociais enquanto está encarcerada. Em 5 de julho, Minor postou sobre a transferência.

“Nesta semana fui transferida de uma instalação feminina para uma instalação masculina. Quero dizer, esse tipo de ódio por quem eu realmente sou tem que parar, fiquem sabendo…”, disse Demi Minor.

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E continuou: “Na semana passada, fui colocada em observação por risco de suicídio. Foi duro, pois os policiais da Prisão Estadual de Nova Jersey passavam pela minha cela com porretes em punho gritando ordens para mim. Estou tão confusa e destruída por ser transferida para uma instalação masculina que tudo o que faço é chorar", acrescentou Minor em um tweet no mesmo dia.

Em uma postagem mais recente, Demi disse:


"Chegou a hora de a opressão e os maus-tratos sobre as pessoas transgênero ter fim. Sou mais que uma história, mais que uma manchete. Sou eu uma só mulher detida de forma incongruente com minha identidade de gênero."

Foi criada uma campanha pedindo justiça por Demi. Sobre isso, ela postou um agradecimento ao carinho e suporte que tem recebido e disse que, acima de tudo, sofria com o abuso dispenado a ela pelo sistema penal:


O Departamento de Correções disse que está investigando a alegação de abuso de Minor.

“O NJDOC não pode comentar sobre nenhuma investigação em andamento”, disse um comunicado do departamento. “O Departamento tem tolerância zero para abusos, e a segurança da população e dos funcionários encarcerados são de importância crítica”, dia ainda o texto.

Minor está cumprindo uma sentença de 30 anos por homicídio culposo, de acordo com o departamento de correções, e é considerada elegível para liberdade condicional em 2037.

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