Marco Antônio avalia crise no Remo e aponta falta de comprometimento do elenco: ‘sem vontade’
Em entrevista coletiva, meia-atacante defendeu o técnico Ricardo Catalá e garante postura diferente da equipe no próximo domingo.
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A crise gerada nos bastidores do Remo ainda não terminou. Após a eliminação na primeira fase da Copa do Brasil para o Porto Velho e a quase demissão do técnico Ricardo Catalá, o clube ainda tenta sanar outro problema interno, desta vez no elenco. Pelo menos foi o que afirmou o meia-atacante Marco Antônio, em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (22). Na conversa com os jornalistas, o jogador escancarou a falta de comprometimento de parte dos atletas remistas nesta temporada.
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"Não podemos chegar agora e dizer que toda a culpa é do treinador. Nós temos que se cobrar cada vez mais. Estamos passando por um momento de dificuldade e a culpa não é dele [Ricardo Catalá]. Ele tem uma filosofia de jogo, consegue passar isso pra gente, mas nós não estamos executando. Espero que a gente possa dar uma resposta pra isso rápido, já no próximo domingo", disse.
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Marco Antônio diz que falta "vontade" ao elenco azulino para conseguir o resultado em algumas partidas. Como exemplo, ele citou os dois últimos jogos do Leão no Baenão, contra Tuna e Tapajós. Segundo o jogador, o time não pode "assistir o adversário trocar passes e não fazer nada".
"Precisamos competir mais, porque ideia de jogo nós já temos. Falta mais força e imposição nas partidas. Temos que entender que somos o Remo e é nossa obrigação comandar os jogos em casa. Tem que ser muito difícil pro adversário ganhar da gente, e para que isso ocorra, temos que impor nossa intensidade. Falta atitude nossa", lamentou. O atacante ainda completou dizendo que entende o motivo das cobranças feitas pela torcida.
"Quando a gente joga em um time grande, como o Remo, a torcida cobra mais a nossa vontade. Se você empata ou perde é do futebol, mas cabe a gente ter força pra querer vencer. Quando a torcida não vê essa vontade fica chateada. Acho que a gente tem que, a partir de hoje, nos treinos, dar uma resposta ao torcedor, ter postura mais agressiva, principalmente na marcação", afirmou.
Crise azulina
O clima, que já não era bom entre o treinador e a torcida, ficou ainda mais complicado após a queda precoce do Remo na primeira fase da Copa do Brasil para o modesto Porto Velho-RO. Os maus desempenhos do time, sobretudo neste ano, foram alvo de críticas dos torcedores. Após vencer bem o Canaã na estreia do Parazão, por 5 a 0, o Leão empatou sem gols com o Paysandu em partida dominada pelo adversário. Na rodada seguinte, o Time de Periçá enfrentou outro clássico, desta vez contra a Tuna, quando saiu derrotado no Baenão.
Nesta quinta, antes da coletiva de Marco Antônio, o presidente azulino, Antônio Carlos Teixeira, fez um pronunciamento à imprensa manifestando apoio a Ricardo Catalá e justificando a permanência do treinador. Segundo ele, a decisão foi tomada como parte do processo de profissionalização do futebol adotado pelo Remo nesta temporada.
Próximo desafio
Sem a Copa do Brasil, o Remo deverá focar nas demais competições desta temporada: Parazão, Copa Verde e Série C. O próximo compromisso será no domingo (25), às 17h, pelo Estadual, quando o Leão encara o Águia de Marabá, pela sétima rodada. A partida terá transmissão Lance a Lance pelo Oliberal.com.
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