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De carona, baiano apaixonado pelo Paysandu viaja de Salvador a Belém para ver o time do coração

A história do arqueólogo Moisés Leão é daquelas mais improváveis produzidas pelo futebol, que tem no sentimento a única razão de existir, no caso, a 'Payxão' pelo Papão da Curuzu

Luiz Guilherme Ramos

As histórias que envolvem a paixão pelo futebol geralmente não têm um sentido lógico e nascem do improvável. Por vezes crescem de grandes contrastes ou mesmo de dores incuráveis. No caso do arqueólogo Moisés Leão, a distância seria o suficiente para 'melar' uma improvável relação de amor entre um baiano e um clube de futebol do Pará

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Mas como a paixão não tem regras ou limites, nem os mais de 2 mil quilômetros foram suficientes para separar o sentimento que brota no coração do arqueólogo pelo Paysandu. Moisés é baiano, mas torce para o Paysandu e nutre pelo bicola um sentimento inexplicável, que o fez sair da capital baiana para realizar o sonho de assistir um jogo em Belém do Pará, sem saber como chegar na capital paraense. 

"Quando eu tinha uns 14, 15 anos, tinha aquela rivalidade de Bahia e Vitória, mas eu achava sem graça. Só que o time do meu pai era o Vitória e eu simpatizava com ele por conta disso. Com essa questão toda, eu olhava um ou outro jogo do Paysandu, a paixão da torcida, até que um certo dia eu disse que seria Paysandu", lembra. 

Desde o início do ano, o baiano está em viagem rumo a Belém e o transporte consiste basicamente em caronas. Moisés já embarcou em carros, caminhões, ônibus e carretas. Qualquer veículo que se locomova em direção ao Pará, pode servir como um trampolim para deixá-lo mais perto da realização de seu sonho. Hoje, o geólogo está no Maranhão, há poucas horas do desfecho da jornada para o encontro de sua vida.

"Quando eu chegar eu nem sei o que vai acontecer. Nas três vezes que vi o jogo do Paysandu eu chorei. Estou passando a divisa do Piauí com o Maranhão, nem sei como vai ser quando eu chegar. É algo que não tem muita explicação. Não tem como sentir, a camisa, a torcida, o escudo, os feitos que já teve, a história do clube em si, ganhou o boca lá dentro, são feitos muito importantes que me fizeram apaixonar pelo clube", diz. 

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Moisés gosta de viajar, mas não teve a oportunidade de conhecer a região Norte do país. O impulso veio com a identificação com o clube paraense. Depois de conhecer a casa bicolor, ele planeja voltar praticamente 'na mesma pisada' e retomar suas rotinas. Ao ser questionado se a paixão o faria morar em Belém, ele é claro, "Quem sabe um dia, né?!"

"Eu não planejo muito minhas viagens. Eu só disse que vinha para Belém assistir pelo menos um jogo e voltar. O dinheiro está curto, estou viajando no modo econômico. Não tenho dinheiro para passagem, hotel. Tenho alguns aplicativos de hospedagem. Eu não tenho muito tempo. Vou ver um jogo e vejo como vai fluir. E ainda nem pensei na volta", encerra.  

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