Rony x Pará, quem vai ser campeão do continente?
No Palmeiras, o atacante Rony, paraense de Magalhães Batada. No Santos, o lateral Pará, natural de São Joãodo Araguia. Um desses paraenses será campeão da Copa Libertadores da América, na decisão marcada para o próximo dia 30. São atletas com histórias muito distintas e possibilidades iguais nessa decisão.
Marcos Rogério Ricci Lopes, o "Pará", 34 anos, foi formado na base do Santo André/SP, de onde se transferiu para o Santos e foi campeão da Libertadores em 2011. Em 2019, jogou nas primeiras seis partidas do Flamengo campeão. Portanto, pode ser campeão continental pela terceira vez.
Ronielson da Silva Barbosa, o Rony, 25 anos, de Magalhães Barata, é fruto do Remo e chegou a fazer 21 jogos e cinco gols no time profissional, em 2014/2015, além de ter sido campeão estadual. Após passagens pelo Cruzeiro, Náutico, Albirex Niigata do Japão e Atlético PR, agora é ídolo no Palmeiras, festejado como Rony "Rustico".
Rony, cotado para ser o "Rei da América"
Sob critérios determinados, a Conmebol premia o melhor jogador da Libertadores e o intitula "Rei da América". Em 2019, essa consagração foi de Bruno Henrique, do Flamengo. Para a edição de 2020, que termina no próximo dia 30, os cotados são Rony do Palmeiras e Marinho do Santos. O campeão terá a "coroação".
Rony está credenciado pela autoria de cinco gols e sete assistências, além de ter sido apontado como melhor em campo quatro vezes, pela Conmebol. Se o titulo dá valorização ao profissional no mercado internacional, o reinado dobra o valor.
BAIXINHAS
* Rony estreou como profissional em 26 de março de 2014. O Remo perdia para o São Francisco, no Mangueirão, por 1 x 0, quando o técnico Agnaldo de Jesus lançou o garoto de 19 anos. E Rony já estreou fazendo o gol do empate: 1 x 1.
* Rony havia desistido do futebol, mas foi resgatado para o sub 20. Observado por Agnaldo num treinamento, a pedido do diretor Paulinho Araújo, o atacante subiu e justificou imediatamente.
* Agnaldo havia assumido o comando do Leão Azul na saída de Zé Teodoro. Essa troca foi decisiva para a oportunidade que Rony precisava, com sua explosão muscular e velocidade acima da média. Agnaldo conta que o então presidente Zeca Pirão ofereceu R$ 1 mil para Rony se estreasse fazendo gol, e garoto faturou.
* O lateral Pará despontou no Santo André/SP, seu primeiro clube, em 2003. Já em 2004 foi campeão da Copa do Brasil em cima do Flamengo. Era o início de uma carreira gloriosa. Aos 34 anos, ele vestiu apenas quatro camisas: Santo André, Santos, Grêmio e Flamengo.
* Em 2011, eram dois os paraenses no Santos campeão da Libertadores: o lateral Pará e o meia Paulo Henrique Ganso, no time liderado por Neymar. O título foi conquistado contra o Pesaro, do Uruguai.
* Se conquistar a Libertadores 2020, com o Santos, Pará vai igular-se ao lateral direito Vitor (São Paulo, Cruzeiro e Vasco), ao zagueiro Fabiano Eller (Vasco e Internacional, ao lateral esquerdo Ronaldo Luiz (São Paulo e Vasco), e o meia Palhinha (SãoPaulo e Cruzeiro).
* Além de Rony, o goleiro Weverton é outro ex-remista no Palmeiras. Weverton foi terceiro goleiro do Leão Azul em 2007. No Santos o ex-azulino é o técnico Cuca, que trabalhou no Leão em 2001, iniciando a carreira, apontado por Paulo Bonamigo.
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