Cross Training: modalidade se destaca por ser um esporte coletivo e de cuidado com a mente Paraense relatam mudanças no corpo e na mente após iniciarem na modalidade Aila Beatriz Inete 10.09.22 10h30 Levantamento de pesos, barras, agachamentos e cordas, são alguns dos exercícios que fazem parte do cross training. Essa modalidade esportiva surgiu por volta dos anos 2000 e tem como principal objetivo melhorar o condicionamento físico dos praticantes. Com o tempo, acabou se tornando uma verdadeira comunidade com pessoas que viram no esporte uma mudança de vida. Nos últimos anos, cresceu o número de pessoas que aderiram ao cross training. O instrutor de Diego Furtado explicou que isso está acontecendo porque a modalidade não visa apenas “o corpo atlético”. “Muitas pessoas vêm buscando a modalidade não apenas com o objetivo de construir um corpo atlético, mas para ter qualidade de vida e encontrar atividades que possam ser praticadas em grupos, situação essa que foge do modelo tradicional de academias”, disse Diego. Tatiana Ampuero, analista de departamento pessoal, é uma dessas pessoas que sentiram uma mudança significativa na vida depois do cross training. Ela contou que estava com autoestima baixa e sem vontade de sair de casa para o convívio, “quase entrando em uma depressão”. Após a indicação da sua médica nutricionista, Tatiana decidiu ir procurar um box para fazer as aulas experimentais. VEJA MAIS No Beach Tennis, dupla paraense vence classificatória no circuito mundial e sobe no ranking Matheus Coelho e Vinícius Fialho conquistaram os melhores resultados da modalidade na categoria masculina do estado Cross Training auxilia ex-obeso a manter vida saudável Programa de treinamento de força e condicionamento físico, que surgiu no Brasil como uma alternativa para a prática de treinos de alta intensidade, mudou a vida e a rotina do técnico de manutenção Christian Paes Preparação física: a importância dos profissionais de educação física nas academias Na última sexta-feira (1) foi celebrado o Dia do Educador Físico no Brasil “O que me motivou, em primeiro lugar, foi buscar qualidade de vida, sair do sedentarismo e da zona de conforto que eu me encontrava. Em segundo lugar, foi o box [que eu encontrei], fui recebida e acolhida pelos coachs, alunos e todos responsáveis pela box. Me deram muita força e não deixaram eu desistir, isso ajudou muito, pois com um tempo já não sentia como um sacrifício e sim prazer de ir treinar”, relatou Tatiana. Hoje em dia, o ambiente dentro das academias de cross training é uma das principais características da modalidade. Flávio Santos, autônomo de 40 anos, voltou a praticar o esporte após perder a filha e relatou que isso foi muito importante para a sua saúde física e mental. Flávio voltou ao cross training após perder a filha (Filipe Bispo/O Liberal) “Eu já tinha feito cross training há um tempo, mas não com tanta intensidade e estava há mais de dois anos parado. Em agosto do ano passado perdi a minha filha, eu estava sem perspectiva nenhuma de vida e duas amigas que treinam me convidaram para treinar. Eu não queria, mas fui vencido pela insistência delas. Chegava todo dia chorando na box, mas era a única hora do dia que eu pensava um pouco em mim. Uma hora por dia eu focava em sobreviver ao treino”, contou Flávio. Diego Furtado ressaltou que o cross training prepara as pessoas para o dia e não apenas para competições, com exercícios que vão melhorar a respiração, resistência, a parte cardiovascular, muscular e a flexibilidade. Junto da comunidade "crossfiteira'' os alunos são inseridos e apoiados uns pelos outros. “Quando falamos em comunidade, estamos nos referindo a sempre ajudar o amigo durante os treinos, fazendo com que ele supere os seus limites. Já vi muitos casos de pessoas que conseguiram sair de situações depressivas com a ajuda da comunidade. Está muito além de apenas levantar peso e correr pelas ruas como muitos pensam e falam”, pontuou o instrutor. Tatiana encontou acolhimento na comunidade " (Filipe Bispo/O Liberal) Tatiana praticou musculação seis anos atrás e desde que começou o cross training sentiu muita diferença na motivação e na rotina dos treinos. “No cross o que mais me atraiu foi que todos os dias o treino é uma surpresa, uma superação e não fica aquela rotina chata. Sem contar que ele trabalha com o corpo todo e, consequentemente, com a mente, pois você acaba extravasando o estresse do dia. Costumo dizer que no cross training é onde seu corpo cansa e sua mente descansa”, declarou Tatiana. Já deu para entender que o cross training está além dos resultados físicos. Boa parte das pessoas praticam a modalidade enxergam um espaço de “terapia”, onde além do cuidado com o corpo elas também cuidam da saúde mental. Flávia disse que o esporte mudou a sua vida (Filipe Bispo/O Liberal) “Eu mudei bastante, me senti mais disposto, minha qualidade de vida e alimentação mudaram bastante. E [hoje] eu vejo isso como uma terapia, porque eu anseio pela hora do treino, acho que é um dos melhores momentos do meu dia, eu não consigo pensar mais em nada. Eu sempre ouvia falar que o esporte muda vidas e mudou a minha completamente", concluiu Flávio. (Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes) Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes jornal amazônia mais esportes saúde e esporte COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Mais Esportes . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! 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