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Campeão das Américas na década de 90, paraense relembra carreira no boxe 

O ex-pugilista começou no boxe com 17 anos e chegou a ser o 5º do ranking mundial

Aila Beatriz Inete
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Um dos esportes que marcam o Pará é o Boxe. Aqui no Estado, diversos atletas surgem e vêm treinar com os mais experientes treinadores. Na década de 1990, um pugilista paraense teve o seu nome em destaque no cenário mundial da Nobre Arte: Luiz Ferreira. Talvez não tão lembrado como deveria, ele acumula títulos de Campeonatos Paraenses, Brasileiros, Sul-Americano e o mais especial de todos: o cinturão de campeão das Américas.

“Todas as conquistas foram importantes, mas a que me marcou foi o título Latino-Americano, que eu lutei contra um argentino e me tornei campeão das Américas. Nunca um paraense conquistou esse feito”, relembrou Luiz. 

O ex-pugilista começou no boxe com 17 anos, no quintal de casa até ser convidado por um amigo para treinar na academia Estrela do Norte. Superando os desafios de investimentos da época, competiu durante algum tempo na categoria amador, onde se tornou campeão Paraense, Norte/Nordeste e vice no Brasileiro, no peso-super-mosca.

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Com ascensão no amador e com todos os títulos como profissional, o paraense conta que chegou a ficar em quinto lugar no ranking mundial da sua categoria. Então, por volta de 1992, Luiz foi para os Estados Unidos disputar uma luta, mas o adversário era duas categorias mais pesado que a dele. 

“Não queria lutar, mas infelizmente eu tinha contrato com o empresário e tive que lutar contra o ex-campeão mundial Julio Gervacio. Acabei perdendo no último assalto. Assim, caí do ranking mundial e tive que mudar de categoria”, lamenta. 

Com as mudanças de categorias, Luiz conseguiu o feito de ser campeão Brasileiro em três pesos diferentes: super-mosca, pena e leve. O paraense relembra da sua trajetória com muita alegria, ressalta que conquistou tudo o que podia naquela época e a disputa do mundial não ocorreu por opção dos empresários. 

image Ex-pugilista relembra da sua carreira (Igor Mota/O Liberal)

“Quando eu me lembro dessa época, eu me sinto muito feliz porque foi uma coisa que eu fiz pelo boxe paraense. Consegui ser o quinto do ranking mundial, algo inédito. Hoje a minha família vai no youtube e veem a minha trajetória”.

Hoje Luiz é treinador e tem se dedicado a formar novos atletas. Mesmo satisfeito com o reconhecimento que tem entre os amantes do boxe, o paraense pontua que o cenário do esporte do estado já foi melhor. 

“Eu me sinto muito feliz, porque nunca ninguém se esqueceu de mim e de vários lutadores daqui do Pará. Mas eu fico triste com o boxe que temos hoje, sem aquele apoio, alguns treinadores querem fazer treinadores só para si, ninguém ganha mais nada no boxe do Pará” finalizou Luiz.

(Estagiária Aila Beatriz Inete, sob supervisão do repórter de esporte de OLiberal.com, Andre Gomes)

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