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Atletas de Marabá vão representar o Pará em competição nacional de skate

É a primeira vez que skatistas do município se classificam para o Campeonato Brasileiro de Skate

Tay Marquioro
fonte

Davi Rocha tem 21 anos e equilibra a rotina entre as aulas da faculdade de Engenharia de Materiais e o esporte radical que parece estar ganhando cada vez mais adeptos Brasil afora: o skate. Embora não seja um profissional da modalidade, o bom desempenho sobre as quatro rodinhas já rendeu um feito que impressiona. Davi é um dos skatistas marabaenses classificados para o Campeonato Brasileiro de Skate Amador, que será realizado no dia 27 de novembro, na cidade de Cascavel, no Paraná.

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“Foi em uma competição em Parauapebas, onde foram ofertadas três vagas e eu consegui garantir uma. Foi um momento muito feliz”, conta o estudante. Há menos de dois meses da disputa, a rotina de preparação de Davi foi intensificada e, hoje, ele treina cerca de quatro horas por dia para buscar um bom resultado em Cascavel. “Eu pratico skate há sete anos e posso dizer que é um esporte e persistência. Tem que persistir, insistir nas manobras, porque os tombos fazem parte”, afirma o jovem.

Além de Davi, outras três jovens praticantes da modalidade foram classificadas para a mesma competição. Monyque Collins Gonçalves, Kelly de Morais Almeida e Katllen Lima da Silva são adolescentes e já têm uma rotina de treinos de grandes nomes do skate. “. É a primeira vez que atletas de Marabá são classificados para essa competição e isso nos deixa muito satisfeitos com a nossa caminhada dentro do skate marabaense, porque são pessoas novas. As meninas, por exemplo, têm 16 e 17 anos. Então, eu vejo isso como uma chance de colher os frutos de um trabalho minucioso de popularizar o skate no município”, avalia o presidente da Associação Marabaense de Skate (Amask), Wecsley de Souza.

Olimpíadas foram um divisor de águas

Para Wecsley, o esporte vem sendo procurado por um público cada vez mais jovem e a prática pôde contar com um divisor de águas para isto. “A maioria dos nossos praticantes é criança e adolescente com idade entre 7 e 14 anos. Mas nem sempre foi assim... Esse público mais jovem se intensificou muito depois das olimpíadas. Esse evento mudou tudo”, comemora Wecsley de Souza. “Nós tínhamos uma certa dificuldade para atrair esse público infantil antes. Os pais colocavam algumas dificuldades, não traziam as crianças, não acompanhavam as atividades. Agora, com crianças se destacando na cena, ganhando medalhas, subindo no pódio, a gente observou que houve um aumento bem significativo na procura pelo esporte”.

O final da tarde é o sinal que os praticantes precisam para se encontrar na Praça Monsenhor Baltazar, na rotatória da Folha 16, na Nova Marabá, onde está localizada a principal pista de skate da cidade. No local, que é de grande circulação de veículos, a movimentação de skatistas chama a atenção, sobretudo aos finais de semana. E, de uns anos para cá, o espaço foi recebendo melhorias que deixaram o esporte ainda mais convidativo.

image Campeonato Brasileiro de Skate Amador será realizado em novembro no Paraná (Tay Marquioro/ O Liberal)

“A pista existe desde 2005, mas era apenas o espaço com o piso. Os obstáculos eram feitos por nós mesmos, com peças de madeira, material doado, às vezes até comprado com nossos próprios recursos, então a gente que mantinha toda a estrutura improvisada que tinha aqui. Em 2015, o então prefeito se propôs a reformar o espaço e adequar para a prática do skate e aí a pista foi devolvida para a população dois anos depois”, lembra Wecsley. “Hoje, o local está assim, com um formato mais moderno, obstáculos de concreto, corrimãos resistentes e isso foi de grande ajuda, até para dar visibilidade ao esporte. Porque agora esse público mais jovem nos procura e pode contar com uma estrutura de pista que nós não tínhamos antes. Seria muito mais difícil começar e se manter praticando o esporte se não tivesse essa estrutura mínima”, analisa.

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Skate pelo Brasil

O skate foi modalidade estreante entre gigantes nos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados no ano passado. Já na primeira edição da competição, o Brasil voltou com excelentes resultados. O atleta Kevin Hoefler, de 28 anos, conseguiu a medalha de prata e Rayssa Leal, conhecida como ‘Fadinha do Skate’, com apenas 13 anos, também foi medalhista de prata nas olimpíadas. O feito do time brasileiro nos Jogos foi decisivo para que uma nova geração de skatistas se formasse nas pistas pelo país afora, tanto entre meninos quanto meninas. Só em Marabá, a Amask conta atualmente com 80 associados, mas o esporte conta com mais de 100 praticantes frequentes nas pistas da cidade.

No Brasil, apesar do histórico de marginalização da prática esportiva, e o quase desaparecimento completo da modalidade nos anos 80 e 90, inclusive com tentativas de proibição em espaços públicos, os números impressionam. A Confederação Brasileira de Skate (CBSK) estima que o mercado da modalidade no Brasil movimente anualmente mais de R$ 1 bilhão, em venda de roupas, equipamentos e acessórios. Ainda segundo a CBSK, empresas ligadas ao esporte falam em 5 milhões de skatistas brasileiros e tratam a modalidade como a segunda mais praticada por homens, atrás apenas do futebol. Atualmente, os praticantes da modalidade são organizados por federações que aglutinam atletas por estado e, desde março de 1999, a CBSK é a entidade que regulamenta o esporte, organiza, divulgarcompetições, além de difundir o esporte em todo o território nacional

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