Conheça o mexicano que pedalou 32 mil quilômetros para conhecer Pelé e se apaixonou no Pará A história do engenheiro que saiu do México, de bicicleta, e conheceu o maior jogador de todos os tempos Luiz Guilherme Ramos 30.12.22 15h21 Imagem que mostra Jesus Hernandez e Pelé, durante o sonhado encontro em Santos. (Reprodução / Arquivo Pessoal) A grandiosidade de Pelé é surreal. Poucas vezes na história se viu tanta comoção com a morte de uma personalidade. Sem ele, o mundo perde o maior ícone de um esporte e isso não é pouca coisa. De todas as partes do mundo brotam histórias e feitos de quem fez o possível e o impossível para conhecer o único tricampeão mundial e autor de mais de 1.000 gols. Entre elas, ter um papel importante na formação de uma família que nasceu no Pará. A engenheira florestal Cecília Hernandez Ochôa Coutinho que o diga. Ela veio ao mundo, literalmente, graças a existência de Pelé, que encantou a terra com o seu futebol arte e deixou uma legião de fãs e admiradores, entre eles o pai dela, Jesus Hernandes Ochôa, um mexicano que tinha como grande objetivo de vida conhecer Pelé. Para alcançar o feito, ele saiu da cidade de Veracruz, no México, no final de 1969, e percorreu, de bicicleta, cerca de 32 mil quilômetros até realizar o sonho. VEJA MAIS Maior ídolo do Paysandu, Quarentinha lembra encontro com o Rei Pelé: 'Não haverá outro igual'; veja O atacante e ídolo do Paysandu conversou com a reportagem de O Liberal e falou sobre o encontro histórico com o Rei do futebol Pelé morreu: Vaticano presta homenagem com fotos do 'Rei, dois Papas e dois Santos' Imagens postadas pelo Vaticano mostram Pelé ao lado do Papa Francisco, Bento XVI, João Paulo II e Paulo VI Pelé morreu: entenda a origem do apelido do Rei do Futebol O apelido surgiu quando o ex-jogador tinha 4 anos. O garoto nem imaginava que anos depois iria se tornar o maior do mundo no futebol, além de conquistar uma carreira imbatível até hoje A história excêntrica chamou tanta atenção que rapidamente foi parar nas páginas dos jornais da época. Jesus saiu do México e desceu a América Central, até entrar na parte sul do continente, onde passou por alguns "perrengues" que foram registrados em jornais da época. Desvio no caminho Por muito pouco a jornada de Jesus não encerrou na Colômbia, como registrou o Gazeta Esportiva de 5 de novembro de 1970. "Na Colômbia ficou detido pelos guerrilheiros e depois de ficar três dias preso e abandonado numa estrada secundária, onde alguns índios o encontraram e o ajudaram. Da Colômbia foi para o Equador, Peru, Bolívia e Chile". Depois de quase perder a vida, Jesus seguiu sua viagem solitária, rasgando estradas com sua bicicleta e uma ideia fixa na cabeça. "Durante esse percurso, ele colecionava todas as histórias, os momentos, tudo o que ele reunia: assinaturas, registros de jornais, depoimentos. Tudo guardado. Ainda temos esse álbum, não completo, mas com bons registros da história dele sobre conhecer o Pelé", conta a filha nascida no Rio de Janeiro, que mora em Belém. Amor no Pará Depois de realizar o sonho, Jesus aproveitou para conhecer outras regiões do Brasil e, por obra do destino, aportou na capital paraense, onde acabou conhecendo a esposa, com quem constituiu família. "Após conhecer o Pelé, ele veio subindo parte do país, saiu de Santos e foi parar aqui na [avenida] Duque de Caxias, em São Brás, hospedado em uma casa de repouso. Nesse momento, ele conheceu o meu tio, que consertava bicicleta e o ajudou algumas vezes, até que ele conhecesse a minha mãe e se apaixonasse por ela", relembra. Veja as memórias de Jesus Ochôa Jesus Hernandez Com o sonho realizado e um novo amor no peito, Jesus partiu então para outra etapa de sua vida, que resultou em uma nova viagem. "Eles foram de trem para Bragança e casaram por lá. Depois disso, já casados, eles foram de bicicleta para o Rio de Janeiro, onde eles geraram as três filhas e formaram uma família com raízes mexicanas, paraenses e cariocas. Minhas irmãs são Angélica Hernandez Ochôa Coutinho e Cristina Hernandez Ochôa Coutinho", detalha. Herança de coragem e admiração por Pelé Mais de 50 anos depois, Cecília guarda com carinho a lembrança do pai, já falecido, e da coragem em deixar a cidade natal com um sonho na cabeça, coisa que ela faz questão de repassar às gerações mais novas. "Hoje eu tenho um filho de 13 anos e outro dia ele me pediu a foto onde o avô aparece com o Pelé. Ele queria mostrar para os colegas porque eles não acreditavam. Nós nascemos no Rio de Janeiro e lá, meu pai recebia muitos amigos em casa e contava essa história para todo mundo. Crescemos com essas lembranças", encerra. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave futebol esportes rei pelé pelé jornal amazônia homenagem pelé COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Futebol . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! 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