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Exército Brasileiro realiza a primeira modalidade paralímpica da história na Olimpíada Militar 2022

A nova categoria esportiva do evento busca melhorar a qualidade de vida e reabilitar militares que adquiriram deficiência enquanto serviam

Maiza Santos

Pela primeira vez na história, o Exército Brasileiro inclui uma modalidade paralímpica dentro de sua Olimpíada Militar. A nova categoria é voltada aos militares que adquiriram deficiência enquanto serviam. Além disso, em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), durante a programação também ocorre o Torneio Bicentenário da Independência, aberto a todos os atletas integrantes do Camping Militar Paralímpico.

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Os atletas paralímpicos que participam das Olimpíadas do Exército 2022 (OE) competem neste domingo (10), na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas (SP). Cerca de 16 militares reformados disputam na modalidade de tiro com arco e possuem deficiências físicas em três categorias: Standing (ARST) - para ficar de pé, ARW1 - para mover o tronco e ARW2 - pouco movimento no tronco. Já o Torneio Bicentenário da Independência as disputas são no tiro esportivo, para 58 militares e agentes de segurança pública com deficiências.

A programação das paralimpíadas tiveram início no dia 4 de julho, por meio de treinamentos, palestras e classificações que duraram até sábado (9 de julho). Este domingo (10), a competição paralímpica terá seu encerramento e também inícia as disputas das modalidades tradicionais nas Olimpíadas, que vão até 16 de julho.

A importância

image Tenente Tercia durante a formatura de abertura da Olimpíada do Exército (Reprodução: Arquivo Pessoal)

A inclusão da primeira modalidade paralímpica nas Olimpíadas do Exército de 2022 é uma maneira de reconhecer o mérito dos militares que ficaram com alguma deficiência ao servir as forças armadas. Para a Tenente Tercia, diretora da prova de tiro com arco paralímpico da competição, a nova modalidade representa uma vitória dentro da instituição.

“O Exército Brasileiro está tomando a frente aqui no país e esse é um momento histórico dos militares que adquiriram deficiência em serviço. Eles podem retornar à tropa e mostrar que a pessoa com deficiência é útil na sociedade e que existe vida, ainda que seja adaptada. Fazer essa inclusão é mostrar que ele não deixou de ser militar”, declara a tenente.

Desistir jamais!

soldado-douglas

O resgate do espírito militar está entre os muitos motivos que levaram os atletas a aceitarem o convite para participar da competição paralímpica nas OE. Douglas Ferreira Soares, soldado paralímpico que representa o Comando Militar do Norte (CMN) na modalidade de tiro com arco, explica que estar incluso na competição junto a outros militares que não são PcD faz toda a diferença e relata a sua experiência no torneio.

“O evento é importante para mostrar um caminho de superação junto ao esporte ponto e resgatar o espírito militar. É de extrema importância ter várias categorias nas competições, para abranger todos os tipos de militares em diferentes modalidades, principalmente os militares com deficiência. Para mim, que sou cadeirante e ainda não tinha viajado sozinho, há toda uma questão de acessibilidade e tudo está sendo novo. Mas eu decidi vim e estou superando os obstáculos”, diz.

Maycon-costa

O Paraense Maycon Costa, Fuzileiro Naval reformado da Marinha do Brasil que irá participar do Torneio Bicentenário da Independência na modalidade tiro esportivo, relata que a inclusão social é extremamente importante para os militares que são portadores de necessidades especiais. Para Maycon, esses eventos dentro da instituição carregam a oportunidade dos paralímpicos ‘brilharem e mostrarem o valor que possuem’.

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“Vejo como uma excelente iniciativa devido estarmos competindo com outros militares paralímpicos de várias regiões do Brasil. A iniciativa da inclusão pode ser o pontapé inicial para descobrir novos talentos para estar nos representando nas olimpíadas futuras. Além disso, apesar dos desafios diários, a vontade de demonstrar nossos valores é mais forte que qualquer dificuldade. E superamos tudo, todos os dias, para mostrar que somos fortes”, afirma.

A História

A iniciativa é um marco na história da competição e representa a continuidade do trabalho do médico alemão Ludwig Guttmann que, no período da Segunda Guerra Mundial, utilizou o esporte como uma forma de reabilitação e recreação de militares que perderam membros ou tiveram lesões medulares.

Em 1948, o médico Guttmann realizou os Jogos de Stoke Mandeville com os soldados para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas que lutaram pelos seus países. Para isso, o médico utilizou o tiro com arco e, após o sucesso da iniciativa, surgiram as paralimpíadas.  

Olimpíada do Exército – Bicentenário da Independência

Em alusão aos 200 anos da independência do Brasil,  a competição ganhou o nome de Olimpíada do Exército - Bicentenário da Independência. O evento terá 13 modalidades.

A Olimpíada acontecerá em Campinas (São Paulo), no período de 10 a 16 de julho de 2022. Aproximadamente 1400 militares, homens e mulheres, irão disputar as modalidades esportivas, que estão divididas em: Atletismo, Futebol de Campo, Judô, Karatê, Natação, Orientação, Pentatlo Militar, Tiro, Hipismo, Basquetebol, Voleibol, Escalada e Tiro com Arco paralímpico.

(Estagiária Maiza Santos, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)

 

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