Férias em Salinas: preços na praia dividem opiniões

Enquanto donos de restaurantes defendem valores como compatíveis com a estrutura e qualidade oferecidas, fotos de pratos acima de R$ 400 continuam gerando críticas nas redes

Bianca Virgolino e Gabriel da Mota

Com a chegada das férias escolares, Salinópolis volta a atrair milhares de turistas em busca de sol, mar e boa gastronomia. Mas, junto com o aumento no movimento da orla, também ressurgem as críticas aos preços cobrados em barracas e restaurantes — um debate que já se tornou parte da alta temporada na cidade.

Para entender o cenário, a reportagem conversou com empresários e visitantes. Os relatos revelam realidades distintas: enquanto donos de estabelecimentos dizem que os valores refletem estrutura e qualidade, turistas se dividem entre elogios e queixas.

Temporada aquecida e expectativa positiva

Na Praia do Atalaia, o gerente Fábio Santos, de 38 anos, relata que o movimento cresceu com os festivais de música e deve aumentar nas próximas semanas. Ele destaca ainda que a proximidade da COP 30, em novembro, já começa a impactar positivamente o turismo local.

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Para atender à demanda, o restaurante em que trabalha contratou 30% mais funcionários do que no ano passado. Os pratos principais variam entre R$ 170 e R$ 200, servindo até quatro pessoas. O mais pedido é o “Peixe Paraense”, por R$ 179, que serve duas pessoas. As bebidas long neck partem de R$ 15.

“Estamos bem equilibrados nessa parte”, afirma Fábio, que diz não ter recebido reclamações sobre os preços.

A biomédica Estephany Dias, de 25 anos, natural de Vigia, foi ao local pela primeira vez e aprovou a experiência.

“Achei bastante acessível, comparado à quantidade de comida”, avalia. Ela planejou gastar mais de R$ 2 mil durante a temporada.

Cardápio mais acessível também atrai público

Em outro ponto da orla, a comerciante Vanivalda Oliveira, 55, administra um restaurante familiar e celebra a retomada do movimento.

“Passamos por uma temporada ruim, mas agora tá boa. Não temos do que reclamar”, diz.

Com preços mais enxutos, o cardápio oferece tira-gostos a partir de R$ 40, porções como isca de pescada por R$ 55, batata-frita a R$ 35 e refeições completas entre R$ 120 e R$ 170, servindo até três pessoas. Cervejas vão de R$ 6 a R$ 12, refrigerantes custam R$ 8 e água mineral, R$ 5.

“Minha clientela não reclama dos preços. A gente só reajusta uma vez por ano, sempre em dezembro.”

Mesmo assim, Vanivalda reconhece que algumas críticas vistas nas redes são legítimas:

“Vejo reclamações de preços abusivos. Cada um tem que procurar o lugar que cabe no bolso.”

Gasto médio por casal gira em torno de R$ 200

Frequentador assíduo de Salinas, o servidor público Cristóvão Nunes, 62, afirma que os preços se mantiveram estáveis este ano.

“Não vi exagero. Uma cerveja entre R$ 15 e R$ 17 tá dentro do aceitável.”

Cristóvão calcula que um casal gasta em média R$ 200 por refeição com bebida incluída. E deixa uma dica:

“Tem lugar para todos os bolsos. É só pesquisar antes de sentar.”

Fotos de cardápios com preços altos seguem viralizando

Apesar dos depoimentos positivos de empresários e clientes, as redes sociais continuam repletas de críticas. Fotos de cardápios com pratos simples a mais de R$ 400 circulam em grupos e perfis dedicados a turistas, alimentando o debate sobre o custo da alta temporada.

A dica geral, tanto de comerciantes quanto de visitantes frequentes, é clara: pesquisar antes de escolher onde comer pode fazer toda a diferença.

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