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Comércio de Belém perde movimento no feriado, mas turismo regional ganha destaque

Economia paraense vivencia um cenário de contraste durante essas datas, alguns setores ganham e outros recuam

Paula Almeida / Especial para O Liberal

Com o feriadão de Corpus Christi, Belém ganha um cenário econômico contrastante: enquanto o turismo aquece, impulsionado pelos roteiros na capital e interior, o comércio de rua fica desacelerado. No entanto, as lojas de shoppings registram grandes vendas, graças aos consumidores que aproveitam a folga para passear e fazer compras.

Segundo Carla Leite, presidente do Sindicato dos Guias de Turismo do Pará, em feriados pronlogados o setor sente um crescimento significativo na procura por roteiros. “Algumas agências fazem percursos maiores, aproveitando esse feriado que cai numa quinta-feira, ou quando o feriado é em uma segunda ou sexta. As agências e os guias de turismo costumam trabalhar bastante, tanto no emissivo quanto no receptivo". 

No entanto, enquanto o turismo fica aquecido, o comércio de rua sente os efeitos da cidade mais vazia. Muzaffar Said, diretor do Sindicato dos Lojistas de Belém (Sindilojas), explica que nos feriados, as pessoas não têm o hábito de ir ao comércio de lojas de rua, o que faz as vendas diminuírem. 

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A vendedora Flávia Andrade, que trabalha em uma loja do comércio, confirma o baixo movimento. "Não trabalhamos no dia do feriado, mas no dia seguinte, sim. A gente nota que o movimento cai, que vendemos pouco. Às vezes, até fechamos a loja antes do horário por causa disso".  

Muzaffar diz que para minimizar prejuízos, o sindicato buscou realizar um acordo para que todas as lojas possam funcionar nesse feriado. “As lojas da região metropolitana vão abrir nesse feriado porque há um acordo. É claro que nem todas abrem, mas a maioria está liberada”. 

Enquanto as ruas esvaziam, os shoppings se consolidam como os principais pontos de consumo nesses períodos. Segundo os lojistas, os centros comerciais registram maior movimento, especialmente nos feriados prolongados. A estrutura climatizada, a segurança e a variedade de opções atraem os belenenses que permanecem na cidade.

O consumidor Gabriel Britto explica que prefere fazer compras em datas assim justamente pela conveniência. "A cidade tá mais tranquila, assim como o trânsito, então eu prefiro sair para lojas mais movimentadas nessas datas". 

Conforme avalia o professor e economista André Cutrim, os feriados prolongados têm impactos distintos na economia paraense. Em municípios e localidades com forte vocação turística, como Salinópolis, Mosqueiro, Alter do Chão (Santarém) e até mesmo Belém, essas datas representam um impulso significativo para atividades ligadas ao lazer, como hospedagem, alimentação, transporte e comércio informal.

Segundo o professor, o aumento do fluxo de pessoas e da circulação de renda nessas regiões tende a beneficiar, principalmente, trabalhadores informais e pequenos empreendedores. “Há um impacto positivo, sobretudo para os pequenos negócios que operam diretamente com o turismo”, explica.

Entretanto, o comércio tradicional nos centros urbanos pode ser prejudicado. A ausência dos consumidores reduz o movimento nas lojas e afeta a receita de pequenos comerciantes. “Esses empreendimentos, que já trabalham com margens de lucro apertadas, dependem fortemente do fluxo diário de clientes”, observa Carvalho.

Para o professor, os feriados não devem ser vistos de forma absoluta como benéficos ou prejudiciais para a economia estadual. “O que ocorre é uma redistribuição momentânea da atividade econômica: enquanto alguns setores perdem, outros ganham”.

Já para o economista Valfredo de Farias, as datas mais afetam do que alavacam a economia no Estado. "As empresas abrem, mas com pouco movimento você tem mais despesa do que renda, porque você vai pagar hora extra para o teu pessoal, vai pagar algumas outras taxas e tudo mais. Então, de maneira geral, esses períodos, eles mais prejudicam a economia do que ajudam, apesar de ajudar alguns poucos setores", finaliza.

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