Onde comer bem e barato no centro de Belém? Veja opções
Refeições acessíveis vão do peixe com açaí no Ver-o-Peso à lasanha no shopping popular da João Alfredo
Seja à beira do rio ou sob o ar-condicionado, comer bem e sem gastar muito continua sendo possível no centro comercial de Belém. Entre os tradicionais quiosques do Ver-o-Peso e os restaurantes populares do shopping João Alfredo, há fartura de comida regional, atendimento direto com os cozinheiros e preços que cabem no bolso de quem trabalha, visita ou apenas transita pela Campina, bairro movimentado da capital paraense.
No complexo do Ver-o-Peso, uma das opções mais procuradas é o peixe com açaí. O autônomo José Marinho, de 35 anos, vem do Marajó para vender açaí e nunca almoça outra coisa.
“Sempre que eu venho aqui é peixe com açaí. O pessoal do Marajó é habituado, almoço e janta tem que ter o açaí. Se não tiver, a gente fica com fome”, brinca.
Para ele, comer no ‘Veropa’ é mais em conta: “Tem açaí a R$ 25 e a R$ 40. Mas vale a pena. Eu faço almoço e janta”, diz.
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Quem alimenta essa clientela é gente como a vendedora Claudia Souza, que há mais de 20 anos mantém uma barraca no Ver-o-Peso com cardápio extenso e preço fixo. “Dourada, filhote, pescada, carne assada, bife assado, frango guisado, frango frito, charque frito, charque guisado, calabresa... Qualquer refeição é R$ 20”, lista, com orgulho. O peixe com açaí, prato mais caro, sai por R$ 30. Ela chega às 5h da manhã para comprar tudo fresquinho e começa a servir às 10h30.
“Você tá comendo dentro da cozinha, praticamente. Tudo é preparado na hora”, garante.
A poucos metros dali, o clima muda, mas o peixe ainda reina no cardápio. No segundo andar do shopping João Alfredo, os boxes de comida oferecem conforto e variedade, com ventiladores, vigilância e mesas espaçosas.
A agricultora Valéria Carneiro, de 45 anos, costuma almoçar no local com a família. “Acho que também a tranquilidade, o modo como as pessoas te recebem. Alimentação é uma das coisas mais delicadas que tu tem. Aqui a gente gasta R$ 50 para duas pessoas, é acessível”, afirma.
A proprietária de um dos estabelecimentos, Karina Alves, destaca os diferenciais do restaurante que comanda ali: “Todos os dias tem lasanha, frango de forno ou empanado, churrasquinho na chapa, peixe, camarão, maniçoba. A porção custa R$ 25 a R$ 30, com acompanhamento à vontade e duas proteínas. O ambiente é climatizado, com fundo musical, tudo limpo e fiscalizado”. O açaí também tem vez: vai de R$ 15 (meia tigela) a R$ 30 (tigela cheia com acompanhamentos).
Além da comida, os dois polos — o Ver-o-Peso e o João Alfredo — se complementam no fluxo de clientes. “Para o pessoal que vem aqui, principalmente turistas, a gente também indica o Ver-o-Peso. Eles vão, gostam e voltam. Temos que nos dar as mãos para levantar esse público, todo mundo precisa”, diz Karina, reforçando a parceria entre os microempreendedores do centro.
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