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Remédio para dores, inflamações e massagem, óleo de andiroba é destaque de vendas no Ver-O-Peso

Conhecida pelas propriedades terapêuticas, a andiroba é comercializada em diversas formas no Complexo do Ver-O-Peso, em Belém, e atrai tanto moradores quanto turistas em busca de saúde natural.

Jéssica Nascimento

Utilizada há séculos pelos povos da floresta, a andiroba é hoje uma das estrelas do comércio tradicional no Complexo do Ver-O-Peso. Entre aromas, saberes populares e tradição indígena, o óleo extraído da castanha da andirobeira é vendido como remédio natural para dores, inflamações e até como repelente. Feirantes relatam grande procura do produto, que é vendido em frascos, garrafas e até em litros, com preços variados e usos múltiplos.

image (Foto: Adriano Nascimento | Especial para O Liberal)

Um óleo que nasce da floresta

“O óleo de andiroba é um santo remédio, eu garanto.” A afirmação vem de Beth Cheirosinha, uma das vendedoras mais conhecidas do Ver-O-Peso, que mistura carisma e conhecimento ancestral para encantar os clientes. A extração do óleo é artesanal: a castanha cai no chão, é recolhida, quebrada e pode ser fervida ou deixada ao sol para liberar o líquido oleoso, que escorre por calhas improvisadas até ser recolhido.

image Beth Cheirosinha. (Foto: Adriano Nascimento | Especial para O Liberal)

A andiroba, segundo ela, é eficaz contra dores musculares, artrite, reumatismo, inflamações no ouvido e até caspa e piolho.

"É direto na pele, no machucado, no ouvido, na cabeça. A gente ensopa mesmo! Serve pra tudo, até pra espantar muriçoca", diz, orgulhosa.

Do interior para a feira, e da feira para o mundo

O comerciante Zezinho, outro veterano do Ver-O-Peso, afirma que a produção de andiroba não para, graças ao abastecimento constante vindo do interior do Pará. “Tem sempre gente no mato coletando e mandando pra cá. Aqui a gente garante qualidade”, explica. Para ele, o óleo é um dos itens mais procurados por idosos, que já conhecem seus efeitos terapêuticos.

image José Lopes de Azevedo, mais conhecido como Zezinho. (Foto: Adriano Nascimento | Especial para O Liberal)

A versatilidade do produto também ajuda nas vendas.

“É bom para contusão, dor nos pés, e também como repelente. Mistura com mel e copaíba, e serve pra tosse, asma, tudo isso que o povo busca”, diz Zezinho.

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Mercado movimentado e preços variados

De frascos pequenos a litros, os preços da andiroba variam conforme o volume e o vendedor. Beth Cheirosinha vende frasquinhos a R$ 10, garrafinhas a R$ 20 e meio litro por R$ 40. Já Ricardo Rodrigues comercializa o litro por até R$ 100, com direito a desconto para quem compra mais.

“O produto tem boa saída, principalmente com o pessoal daqui mesmo. Machucou, passou andiroba. Tá com gripe, pinga duas gotas com mel. Cura mesmo”, afirma Ricardo.

Segundo ele, a andiroba nunca sai de moda — e nem das prateleiras.

image Ricardo Rodrigues. (Foto: Adriano Nascimento)

Tradição, saber popular e turismo

Embora muitos turistas cheguem sem conhecer o óleo, vendedores como Beth garantem que eles não saem sem levar pelo menos um frasco. “Eles vêm com intérprete, aí eu explico tudinho. Mostro como usa, ensino. Eles ficam encantados”, conta.

image (Foto: Adriano Nascimento | Especial para O Liberal)

A origem indígena da andiroba também é lembrada com respeito. “Foi o índio que descobriu tudo isso aí dentro da mata. Eles sabiam das ervas, dos remédios. A gente aprendeu com eles”, diz Beth.






 

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