Ano promete novidades nas artes paraenses; confira as indicações de música, cinema e artes plásticas

Cinema, artes plásticas e música terão novas produções em 2023

Vito Gemaque
fonte

O ano de 2023 chegou com promessas de novas produções artísticas paraenses em todos os segmentos. Quatro especialistas em diferentes áreas da arte deram suas indicações daquilo em que o público paraense precisa estar atento neste ano que inicia. Essa é uma pequena parte de inúmeras produções que devem ser lançadas em 2023, já que com o fim das restrições da Covid-19 e com a possibilidade de aumento dos investimentos em cultura, as produções dos paraenses na música, cinema e nas artes plásticas devem aumentar.

VEJA MAIS

image Pedrinho Cavalléro recomenda três artistas da música de Ananindeua
O cantor e compositor aponta Márcio Farias, Mariza Black e Carlos Bronson como três dos maiores artistas da cena da cidade que fará 79 anos.

image João Gomes fala que sentiu o sucesso pela primeira vez no Pará
Cantor contou aos seus seguidores sobre esse momento.

image Influencers do Pará falam de suas perspectivas para o ano de 2023
Profissionais da internet trilham caminho organicamente nos seus perfis; confira

O produtor cultural e DJ paraense Ezequias Nascimento, mais conhecido como Zek Picoteiro, sempre atento às novidades de todos os ritmos do circuito paraense, aponta alguns artistas que já são conhecidos do público e outros que vêm para despontar em 2023. No brega, o ritmo dançante mais paraense, Zek lista Layse e Arthur da Silva. “Layse e Arthur da Silva são um novo frescor para o brega paraense. Eles vêm lotando shows em Belém e marcaram muito bem a presença nos festivais alternativos de 2022 tocando um gênero que há muito tempo não vê renovação”, avalia.

image Layse Rodrigues é um dos novos nomes do brega paraense. (Foto: Gabriel Dietrich)

Ele também faz algumas indicações no rap, que já se consolidou com um cenário maduro no Pará e que conquista cada vez mais espaço nos festivais de música. Zek elenca a rapper Nic Dias e Sumano MC. “Nic Dias e Sumano MC são as apostas do Selo Psica Gang para o Pará finalmente conquistar um lugar ao sol no rap nacional. Ambos vão lançar álbuns inéditos com patrocínio da Natura em 2023. E Nic acabou de fazer um show bastante celebrado no Festival Afropunk, em Salvador”, atesta.

Na busca de novas identidades amazônicas, o produtor aposta em três nomes AQNO, Rawi e as Suraras do Tapajós. “AQNO e Rawi são artistas pop vindos de Marabá e Santarém, respectivamente, que apresentam uma nova identidade Queer Amazônica”, informa. "Já as Suraras do Tapajós são um grupo de jovens mulheres indígenas carimboleiras que vem conquistando palcos extremamente necessários para o fortalecimento da identidade dos povos originários", complementa.

O cinema é um ramo da arte em que os investimentos são mais altos devido aos custos para se produzir um filme. As produções audiovisuais são trabalhos coletivos que muitas vezes sofrem sem o investimento de leis de incentivo à cultura. Para o crítico de cinema e coordenador-geral do Centro de Estudos Cinematográficos (CEC), Marco Antônio Moreira, a expectativa é que 2023 seja melhor para a sétima arte.

Para o próximo ano, Marco Antônio aponta que o público precisa ficar atento às produções de João Luciano do coletivo Inovador Talvez Filmes. Ele lançou em dezembro de 2022 o longa “Os fãs mais rebeldes que a banda” dividindo a direção com Chris Araújo e Tamires Cecim. Marco explica que ainda não viu o filme, porém vê potencial em João Luciano e nesse coletivo de jovens.

“O filme novo paraense ‘Os fãs mais rebeldes que a banda’ foi realizado no meio dessa loucura toda do país dividido. Esse filme está pronto, e o João deve fazer um circuito para o ano que vem”, conta Marco. Para completar a lista, Marco indica as produções de Jorane Castro e de Fernando Segtowick. “Como Fernando e o Jorane sempre tem projetos é bom ficarmos de olho”, aponta.

A cineasta Jorane Castro, referência no audiovisual paraense, também indica “Os fãs mais rebeldes que a banda” do trio de diretores. Outras duas indicações são o documentário longa-metragem sobre a música paraense “Terruá Pará”, escrito e dirigido pela própria Jorane, e “Zuleika” um curta-metragem do jornalista e cineasta Afonso Gallindo, da Matapi Produções.

“O público tem que entender que tem uma produção paraense e que tem projetos que vão ser lançados no ano que vem para as pessoas fiquem atentas. Eu estou destacando três projetos, mas entre esses vai haver muitos outros. Vai haver longas-metragens e séries de televisão”, diz. “Temos uma produção com histórias muito interessantes que são nossas e a gente acaba não sabendo que existe”, detalha Jorane.

As artes plásticas paraenses, que sempre foram reconhecidas internacionalmente, também devem trazer novidades em 2023. O artista, pesquisador e curador Orlando Maneschy, elenca quatro nomes para todos ficarem de olho que são Marise Maués, Rafael Bqueer, Rafael Matheus Moreira e Maurício Igor.

image Marise Maués na performance 'Paisagem destruída' (Divulgação)

Marise Maués é fotografa e performer com trabalhos constituídos na relação com grupos sociais como os indígenas Warao ou as mulheres de sua família. “Geógrafa de formação, pensa as relações espaciais e culturais na e da Amazônia. Seus trabalhos têm sido vistos em projetos no país e fora”, afirma.

“Rafael Bqueer vem apontando questões que nos levam a refletir sobre a história e o apagamento do povo negro como Madame Satã, Márcia Pantera dentre outros ícones que o artista ativa em suas imagens, mas, para além ele é um artista que por meio da performance atravessa a cultura pop, o Carnaval e o imaginário amazônico, apontando para um povir, um afrofuturismo amazônico”, explica Maneschy.

image Rafael Bqueer em 'Alice no país dos Baurets', de 2015 (Rafael Bqueer/ Reprodução)

Rafael Matheus Moreira é artista travesti que utiliza a pintura e performance para pensar e discutir os corpos. “Seu trabalho discute identidade, história da arte e o apagamento dos sujeitos pela sociedade. Ela também vem participando de mostras significativas como recentemente ‘Histórias Brasileiras’ no MASP”, detalha Orlando.

Maurício Igor trabalha com a identidade e representatividade do povo preto. Os trabalhos repensam a sociedade e relações de grupais, trocas e representatividade e junto com Rafael Matheus Moreira foi um dos destaques do Arte Pará.

Artes plásticas

Indicações Orlando Maneschy

  • Marise Maués
  • Rafael BQueer
  • Rafael Matheus Moreira
  • Maurício Igor

Música

Indicações DJ Zek Picoteiro

  • Brega - Arthur da Silva e Layse
  • RAP - Nic Dias e Sumano MC
  • Pop - AQNO e Rawi
  • Carimbó - Suraras do Tapajós

Cinema 

Indicações Marco Antônio Moreira

  • “Os fãs mais rebeldes que a banda” de João Luciano, Chris Araújo e Tamires Cecim
  • Produções de Jorane Castro 
  • Produções de Fernando Segtowick

Indicações Jorane Castro

  •  “Os fãs mais rebeldes que a banda” de 
  • “Terruá Pará” de Jorane Castro própria Jorane
  • “Zuleika” de Afonso Gallindo
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Cultura
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM CULTURA

MAIS LIDAS EM CULTURA