Projeto para artistas do audiovisual residentes do Pará tem R$ 18 mil disponível em bolsa
1º edição do 'MAPA - Mostra de Imagem em Movimento' abre inscrições públicas em homenagem os 40 anos da Estrada de Ferro Carajás. Contemplados precisam desenvolver obras inéditas em formato vídeo mapping

Até o próximo dia 24 de agosto, artistas do audiovisual residentes no Pará podem se inscrever gratuitamente, na primeira edição do programa curatorial “MAPA – Mostra de Imagem em Movimento”. Com acompanhamento curatorial e bolsas de até R$ 18 mil, o programa contempla artistas especializados em videoarte e videomakers com o objetivo de homenagear, explorar e promover a memória dos 40 anos da Estrada de Ferro Carajás (EFC), por meio de obras inéditas e identitárias.
Além do Pará, as inscrições também estão abertas para residentes do Maranhão.
O MAPA é destinado aos artistas individuais, independentes ou “coletivos”, com chamamento para criadores de audiovisual voltados à categoria de vídeos, artes digitais, instalações e intervenções urbanas. Criando uma película adaptável e 100% autoral no formato de “video mapping”, os autores serão comissionados e terão os direitos de exibição e reprodução disponibilizados à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
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Os interessados devem anexar links para portfólios ou trabalhos anteriores e uma carta de apresentação na inscrição realizada através do site mostra mapa.com.br.
Após está etapa, as mostras serão avaliadas por sua condução e trajetória artística, proximidade com a videoarte e a Estrada de Ferro Carajás. Com a aprovação, cada selecionado receberá uma bolsa trimestral no total de R$ 18 mil, distribuídas em parcelas mensais de R$ 6 mil referentes aos meses de setembro, outubro e novembro. Para tanto, será necessário entregar uma obra inédita em videoarte a partir das memórias afetivas capturadas pela Estrada de Ferro Carajás, adaptável ao formato de vídeo mapping.
Com entrega final marcada para novembro de 2025, os artistas têm pela frente um trimestre inteiro de encontros virtuais e presenciais com a equipe curatorial, mapeamento das regiões, pesquisas de campo e construção colaborativa. Como pré-requisito do edital, os artistas devem ceder os direitos de exibição e reprodução à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mantendo os créditos autorais garantidos.
Projetando memórias, poéticas e pesquisas recém-adquiridas nessa primeira etapa curatorial, os artistas, serão convidados à explorar linguagens como vídeos, artes digitais, instalações e intervenções urbanas, como principais meios de expressão do projeto. Dessa forma, as comunidades ferroviárias poderão redescobrir através da arte, as memórias afetivas das décadas de 80, 90 e anos 2000, em que a população se reunia nas estações da EFC para a infraestrutura de eletricidade, comunicação e entretenimento.
Captando a essência do “ir e vir” de mais de 1,5 mil passageiros, que, em média, embarcam cotidianamente num percurso de 16 horas, os artistas trabalharão junto ao suporte curatorial e técnico da produção, garantindo o acesso à profissionais especializados em vídeo mapping, edição, fotografia e montagem, além de Infraestrutura para as exibições públicas; tudo à fim de captar o processo em imagens, sons e memórias como um organismo vivo de reflexão cultural.
“Estamos diante de um cenário de quatro décadas, indo e vindo, de um transporte facilitador na vida de milhares de brasileiros. Não atua somente como um corredor logístico, mas de um aprofundamento tocante quando pensamos nas histórias que foram passadas de geração à geração sob os trilhos e estações de trem. Os municípios ao redor da EFC são tesouros valiosos para a cultura local e nacional, sendo o nosso dever transpor essa riqueza para o mundo”, afirma João Pacca.
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