Exposição 'Fóssil Vivo' segue até o final de fevereiro, no Museu Emílio Goeldi, em Belém

A exposição conta com recursos audiovisuais, incluindo três minidocumentários gravados em Salinópolis e no Campus de Pesquisa do Museu Goeldi

Gustavo Vilhena*
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Aqueles que ainda não foram conferir a exposição “Fóssil Vivo no Parque Zoobotânico Paraense Emílio Goeldi” terão uma nova oportunidade de ver de perto os maiores seres vivos que já pisaram na Terra. Com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a mostra foi prorrogada até o dia 28 de fevereiro. O acervo, que promove a exposição de restos fossilizados em dois contextos geológicos diferentes, está aberto das 9h às 13h, de quarta a domingo, além de feriados, com entradas a R$ 3 (inteira) ou R$ 1,50 (meia), no Centro de Exposições Eduardo Galvão.

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Fóssil Vivo

Por meio da tecnologia de realidade aumentada, são apresentados, na primeira sessão, os animais da unidade geológica conhecida como Formação de Pirabas, do período Mioceno, que foi um momento em que o avanço do mar cobriu parte do nordeste paraense, além dos estados do Maranhão e Piauí, há cerca de 20 milhões de anos atrás. Já utilizando a realidade virtual, os animais exibidos na segunda sessão são da Megafauna, como gliptodontes (espécie de tatu gigante), mastodontes e o eremotherium (gênero de preguiça-gigante que habitou toda a américa), que foram extintos há cerca de 12 mil anos.

Na exposição, o acervo está salvaguardado na Colação de Geociências do Museu Goeldi, além de estar servindo de material para o estudo sobre diversos temas relacionados à história paleoambiental da Amazônia. Esse material foi coletado em municípios paraenses como: Salinópolis, Capanema, São João de Pirabas e Itaituba, localizados em sítios paleontológicos e estudados e catalogados minuciosamente por pesquisadores do Museu Emílio Goeldi. As espécies representadas na exposição refletem a origem da biodiversidade da região amazônica e, as dinâmicas ambientais do passado, ajudam o público a reconstruir dinâmicas ambientais do passado, além de suas consequências em relação à mudança climática que afetam diretamente a Amazônia.

Ademais, a exposição conta com recursos audiovisuais além da coleção científica. São três mini documentários gravados no Campus de Pesquisa do Museu Goeldi e em Salinópolis, que mostram como acontecem os trabalhos paleontológicos e o processo de escavação, identificação, catalogação e estudo dos fósseis, que podem também resultar na identificação de novas espécies. Adriano Filho, cineasta, antropólogo, criador da exposição e curador junto com o Museu Goeldi, contou sobre o que aguarda a população paraense.

“O público pode esperar uma experiência única, que o transportará para um passado onde a Amazônia era muito diferente do que é hoje. O visitante terá a oportunidade de estar lado a lado e interagir com animais extintos há milhares de anos, além de conhecer mais sobre um período em que parte da Amazônia era mar. Tudo isso com muita tecnologia e interatividade.”, destacou o curador da exposição. Além disso, Adriano finalizou revelando que o sucesso na procura do público pela exposição, incentivou o Museu Emílio Goeldi a estender a exposição por mais um período. “Juntamos forças como o Instituto Cultural Vale, que é o patrocinador do projeto, para levarmos à população de Belém bela exposição que mostra um passado da Amazônia que precisa ser mais conhecido.”.

(*Gustavo Vilhena, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Abílio Dantas, coordenador do núcleo de Cultura)

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