Missa de sétimo dia tem homenagem musical para Paulo André Barata
Paulo André Barata morreu no dia do aniversário, dia 25 de setembro, e entrou para história por compor clássicos da música paraense

A missa de sétimo dia de falecimento do músico e compositor Paulo André Barata reuniu várias pessoas na noite desta segunda-feira (2), na Paróquia Santo Antônio de Lisboa, na rua dos Tamoios, na Batista Campos, em Belém. Vários artistas, familiares, amigos e personalidades estiveram presente para prestar mais uma homenagem a um dos maiores compositores paraenses da contemporaneidade. Ao final da missa, as cantoras Alba Mariah e Andreia Pinheiro cantaram quatro músicas de Paulo André.
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O poeta e compositor Paulo André Barata morreu no último dia 25 de setembro, no dia do aniversário, aos 77 anos. Ao lado do pai, o poeta e compositor Ruy Paranatinga Barata, Paulo compôs clássicos da música paraense como "Pauapixuna", "Esse Rio É Minha Rua" e "Foi Assim".
A intérprete Alba Mariah ficou muito emocionada com a missa e a homenagem ao amigo compositor. “As lembranças passam como um filme. Eu conheci o Paulo André na minha adolescência através do Chico Sena, meu irmão, e foi crescendo uma admiração mútua e de reciprocidade na canção. Passei um tempo fora do Brasil, mas mesmo fazendo esse trajeto fora, ele sempre me considerou como uma cantora, intérprete dele. Fico muito honrada que a família tenha me chamado para prestar essa homenagem junto com à Andreia Pinheiro. São canções eternas”, destacou.
Para Alba, as obras de Paulo André e Ruy Barata estão imortalizadas para sempre em várias vozes e continuarão ganhando o mundo. “Essas canções fazem parte da trilha sonora das nossas vidas, da evolução da música no Pará, da universalidade da obra do Paulo com o Ruy, ou do Paulo com outros parceiros. Para mim, o Paulo tem a alma dele ao mesmo tempo que é cabocla, ao mesmo tempo, é sofisticada, que a gente pode ouvir no Japão, em qualquer lugar do mundo e entender a melodia, a harmonia como algo que nos toca sem entender a letra. Essa experiência eu tive na França quando cantava o repertório dele”, assegura.
Uma das personalidades presentes foi a ex-governadora Ana Júlia Carepa, que ressaltou a importância de Paulo André Barata para a cultura paraense. “O Paulo André tem uma importância gigante, porque ele foi um gigante. Alguém que interpretou o nosso sentimento, a nossa alma do Pará, da Amazônia, alguém que cantou a nossa cultura, nossa realidade para o mundo com uma beleza realmente indescritível. A beleza está aí para nós vermos. Foi uma grande perda, mas é alguém que está eternizado por todas as suas composições, por toda a sua obra, e que orgulha muito o nosso Pará”, destacou.
Segundo Tito Barata, o irmão Paulo André tinha a capacidade de ser um homem simples que dialogava com todos. “Eu quero lembrar do Paulo André, e acho que é essa lembrança que vai ficar, de um homem simples que conversava com as mudas da Amazônia. Uma pessoa que conversava com todos, dialogava com todos, e tinha um foco muito grande na hora de compor. Acho que a parceria do Paulo André e do Ruy Barata, nosso pai, é uma parceria que vai ficar eterna. Por muito tempo essas obras vão correr o Brasil, vão correr esse universo amazônico que a gente habita. Depois desses sete dias a única emoção que fica mais é a saudade, vai apertar cada vez mais. Mas se soubermos extravasar essa saudade em coisas boas, isso será muito bom”, disse.
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