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Magia, adultez e conexões marcam a jornada de amor à literatura de paraenses

Nayana, Vitória e Rodrigo falam como a leitura não é apenas um hábito, mas pode ser uma jornada que molda mentes, conecta pessoas e enriquece a vida de todos que se entregam às páginas de um livro

Amanda Martins

Neste domingo, 7, comemora-se o Dia do Leitor, uma data que homenageia aqueles que encontraram nas páginas dos livros um refúgio e uma “porta” para universos infinitos. Mais do que um simples hábito, a leitura pode ser uma jornada que enriquece a mente e alimenta a imaginação. Para muitos, o amor aos livros vem por meio de experiências marcantes ao mergulhar no universo literário proposto, como ocorreu com a analista de marketing Nayana Batista. 

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Ela começou a adquirir o hábito pela leitura por influência do pai, que é historiador, e sempre estava cercado de livros. Desde a infância, Nayana via a leitura como algo “mágico e adulto”, mesmo antes de aprender de fato a ler. Seu pai, percebendo a fascinação da filha pelos livros, estimulou a paixão da jovem precocemente, aos quatro anos. 

“Comecei lendo as capas dos livros que tinham em casa, nomes de estabelecimento na rua, revistas infantis, gibis, até chegar nos meus própria livros. Acho que sempre foi prazeroso para mim, desde o momento que entendi o que era leitura”, afirmou Nayana. 

image Desde a infância, Nayana via a leitura como algo “mágico e adulto”, mesmo antes de aprender de fato a ler (Nayana Batista)

Com o tempo, a analista de marketing foi acumulando uma lista de várias leituras que se encontraram inesquecíveis, uma delas é “A Amiga Genial”, da escritora italiana Elana Ferrante, lido dois anos atrás por Nayana.

“O livro retrata o crescimento de duas amigas em um bairro podre da Itália. É uma cultura e uma vida totalmente diferente, inclusive, se passa em uma década totalmente diferente de que cresci, mas a literatura tem esse poder de conexão e eu fiquei muito surpresa por me ver naquela leitura de uma forma tão profunda”, revelou.

A vontade de ter com quem conversar sobre livros fez com que Nayana criasse um perfil literário no Instagram nomeado como “Folhas e Chá “, onde ela compartilha dicas e incentiva os seguidores a também se apaixonarem pela literatura. 

“Quase todos os dias alguém me manda mensagem dizendo que não lê nada desde que era adolescente e pedindo ajuda sobre como começar, e eu amo essa troca. Sem falar que é uma vida de mão dupla, a minha lista que eu quero ler cresce todo dia”, disse aos risos. 

Benefícios da leitura

Para a engenheira civil, Vitória Orsiolli, o hábito de leitura foi incentivado desde a infância pela mãe, que presenteava-a com gibis e lia história todas as noites para a filha. Na escola, ela lembra que a professora de português dedicava tempo para incentivar a leitura na vida dos alunos, foi então, que Vitória leu pela primeira vez “As Crônicas de Nárnia”. Desde então, nunca mais parou com o hábito, tendo como meta consumir cerca de dez livros ao ano. 

image Vitória Orsiolli (Arquivo pessoal)

“Muitos livros marcaram a minha jornada como leitora, mas o que mais causou efeito positivo em mim foi o ‘Código de um Cavaleiro’, do Ethan Hawke. É um livro que todo mundo deveria ler e levar para vida inteira”, afirmou a engenheira. 

Sendo leitura voraz, Vitória destaca como a importância da leitura gera várias vantagens a longo prazo na vida pessoal. “Aliado a uma atividade diárias permite muitas vezes pôr em prática aprendizados vivenciados em histórias ou conselhos vindos do meio literário. Uma boa leitura só realmente é boa, se ela faz você enxergar o mundo de uma forma diferente daquele que você via antes”, acrescentou.

Livros podem ser uma jornada de transformação 

A trajetória do poeta e professor Rodrigo Briveira mostra como o hábito da leitura nem sempre nasce na infância, mas pode se revelar uma paixão considerada transformadora na vida adulta. A falta de acesso frequente aos livros durante a meninice não impediu que ele se tornasse um ávido leitor. 

O encanto de Briveira com os livros ocorreu no cursinho pré-vestibular, quando um professor provocou a curiosidade de Rodrigo ao zombar do livro “Belém do Grão-Pará”, de Dalcídio Jurandir. Segundo o poeta, a leitura não apenas contrariou suas expectativas iniciais, como também inaugurou uma jornada literária que se tornou um estilo de vida para Rodrigo.

image Rodrigo Briveira (Arquivo pessoal)

“Criei um ritual de leitura: sentava no alto de uma escada todas as noites e lia páginas e páginas do tal livro. Eu o devorei. Todas as noites com ele eram de delícias. Conheci outra Belém e tentava me encontrar nela a cada linha lida com atenção. Penso hoje que foi muita coragem fazer um comentário assim esperando incitar a curiosidade dos alunos para que enfim não temessem a leitura obrigatória e a tornassem satisfatória, prazerosa, o que ocorreu comigo”, relembrou.

Rodrigo brinca ao dizer que, se antes não tinha uma estante de livros, hoje, tem uma abarrotada de várias histórias. “Ainda não li tudo o que tenho, mas isso é uma questão de tempo que me falta por conta das muitas tarefas que preciso cumprir ao longo do dia-dia-, mas encontro tempo para ler quando estou em uma fila de banco, na sala de espera de uma clínica, a caminho de algum compromisso”, acrescentou o professor.











 

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