Natura Musical: Criação de aparelhagem, álbuns e turnês de artistas do Pará são contemplados
Na curadoria, a cantora paraense Raidol analisou os projetos inscritos do Pará, esteve entre os curadores.

Entre os 20 projetos selecionados pelo Edital Natura Musical 25|26, paraenses foram contemplados entre quase 3 mil inscritos de todo o país. Com projetos de criação de aparelhagem, lançamento de álbum e turnê, os artistas do Pará foram selecionados por meio da curadoria de 10 profissionais do mercado da economia criativa, entre jornalistas, produtores e músicos. Na edição 25|26, participaram da rodada de avaliações individuais e coletivas diversos jornalistas, produtores e músicos nacionais. A cantora Raidol, do Pará, esteve entre os curadores, assim como a cantora Takai, vocalista da banda Pato Fu.
“Aprendi muito nesse processo de curadoria. A troca foi essencial neste período em que ficamos imersos debatendo as propostas. Individualmente, já tinha escolhido alguns artistas e muitas vezes mudei de ideia com o depoimento de outros curadores que conheciam um pouco mais da cena ou do artista em questão. Não houve individualismos; o time todo estava ali a favor desse projeto maior que é o Natura Musical”, pontua Takai.
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O álbum e a turnê das Suraras do Tapajós, criados em Alter do Chão, distrito de Santarém, foram escolhidos no edital nacional. O grupo, idealizado por mulheres indígenas do Tapajós, utiliza a música como identidade e preservação cultural. Elas estão no circuito musical contemporâneo e já tocaram em importantes festivais como o Coala Festival e a Virada Cultural Amazônia de Pé. O projeto prevê a gravação de um álbum, duas apresentações e um mini documentário audiovisual.
Já no edital do Pará, três projetos foram contemplados: Aíla (álbum e turnê), Baile do Mestre Cupijó (álbum e turnê) e Iaguara, a Fera Felina (programação).
Aíla tem uma carreira marcada por apresentações em grandes festivais do Brasil e do mundo — como o Coala Festival (SP), Rock in Rio (RJ) e Central Park (EUA). Ela prevê para este projeto a gravação de seu terceiro álbum, acompanhado de turnê.
O Baile do Mestre Cupijó é formado por 10 jovens músicos paraenses que celebram e reinventam o legado do Mestre Cupijó, ícone da música do Baixo Tocantins. O projeto prevê a gravação de um disco com 10 faixas autorais que fundem ritmos amazônicos tradicionais com estéticas contemporâneas, como tecnobrega e eletrônica popular da Amazônia. O Baile do Mestre Cupijó já esteve presente em festivais nacionais e regionais, e a banda integra tradição e inovação, conectando novas gerações à música amazônica com uma equipe diversa e práticas sustentáveis.
Já o Iaguara, a Fera Felina, é um movimento cultural criado em 2021 pela DJ Nat/Esquema, da META/ESQUEMA. O projeto valoriza o vinil, fortalece a cena artística do Pará e conecta Belém à curadoria musical nacional, reunindo DJs locais e convidados. Iaguara, a Fera Felina, propõe criar uma aparelhagem sonora amazônica feminina, inspirada nas tradicionais estruturas do Pará, com foco no tecnobrega, diversidade de gênero e territorialidade.
Além dos citados, o edital patrocinará artistas e coletivos que representam o cenário nacional de forma geral, incluindo diversas regiões do país e múltiplas sonoridades, como samba, bossa nova, reggae, brega, pop, R&B, soul, carimbó, MPB, coco, maracatu e muito mais.
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