Com homenagens de autoridades e amigos, Paulo André Barata é velado no Theatro Da Paz

Governador Helder Barbalho e o reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho, compareceram ao momento de despedida

Thainá Dias
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A morte do compositor e músico Paulo André Barata, um dos maiores artistas da música feita na Amazônia, levou autoridades, amigos e artistas ao velório realizado no Theatro da Paz na manhã desta terça-feira, 26.

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“É uma perda para o mundo, mas não para a música, pois seus discos vão permanecer para sempre”, afirmou Edgar Augusto, jornalista e amigo de Paulo André. Edgar Augusto lembrou ainda que escreveu um texto para a contracapa do primeiro disco de Paulo André, “Nativo”, lançado em 1978. “Anos depois, quando lancei meu primeiro livro, em 1992, convidei Paulo André para escrever o prefácio”, completou o radialista.

O governador Helder Barbalho compareceu ao velório, assim como o diretor do Theatro da Paz, Edyr Augusto Proença, e o poeta João de Jesus Paes Loureiro. O reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Emmanuel Tourinho, também prestou suas condolências em nome da instituição de pesquisa e ensino superior.

Para Edyr Augusto, Paulo André é um dos grandes do Pará. “Sem dúvida nenhuma! Filho de Ruy Barata, que foi um grande amigo meu. Se não fosse a melodia do nosso Paulo André, os versos do Ruy não alcançariam esse Brasil todo, trazendo essa visão para a cultura do nosso Estado. Paulo impôs ainda um estilo paraense único”, destacou.

Edyr destacou ainda que foi uma grande perda para a cultura paraense e amigos próximos. “Uma pessoa simples, tranquila, amado por todos, viveu como quis e foi abençoado. Ficamos aqui saudosos com a presença dele, mas com um legado que fica eternamente”, concluiu o amigo.

O governador Helder Barbalho ressaltou que cabe a todos manter a obra de Paulo André Barata viva. “Que possamos valorizar sempre o legado deixado por ele e fazer com que esse exemplo estimule cada vez mais novos talentos no Pará”, destacou.

O poeta Paes Loureiro, que também marcou presença na despedida do amigo, relembra que conheceu Paulo André ainda muito jovem. “Eu conheci o Paulo ainda erámos jovens e as duas primeiras músicas, ele fez comigo. O artista é finito, mas a arte é infinita. E é essa imortalidade do artista com a arte que permanece”, explicou.

Loureiro afirmou ainda que o amigo vai perdurar para sempre no amor com a música. “Recentemente, ele me deu duas melodias querendo que eu colocasse a letra. Ou seja, as duas primeiras letras da vida dele foram feitas comigo e agora as duas últimas da carreira também. Então eu preciso muito valorizar essa arte”, concluiu.

Outra grande amiga e fã de Paulo André, que não conseguiu conexão para estar pessoalmente na despedida do amigo, mas fez questão de enviar sua homenagem, foi a cantora paraense Fafá de Belém. “Conheço Paulo desde os meus 13 anos. Paulo André e Ruy possuem uma obra única aonde nada é mais ou menos. E isso é muito raro. Tudo é bom. Essa notícia me entristece muito”, confessou.

Fafá fez questão de destacar ainda que é difícil escolher uma música preferida dele. “Eu escolho a obra. Junto com Waldemar Henrique, Paulo e Ruy Barata são a trilogia da música do Pará”, concluiu emocionada a cantora paraense.

História 

Paulo André Barata, nascido em Belém, no dia 25 de de setembro de 1946, foi o maior parceiro musical do pai, Ruy Guilherme Paranatinga Barata, advogado, historiador, professor e político nascido no dia 25 de junho de 1920, em Santarém. A entrega, energia e sintonia de pai e filho produziu músicas fundamentais para a cultura nortista e que ultrapassaram as fronteiras do Pará na voz de Fafá de Belém. 

Tendo a Amazônia e sua cultura como o principal tema, o compositor lançou no dia 22 de setembro, nas plataformas de música, um álbum duplo com suas principais composições, interpretadas por grandes nomes da música brasileira, como Maria Rita.

O poeta e compositor Paulo André Barata morreu na noite da última segunda-feira, 25, no dia do seu aniversário, aos 77 anos. A informação foi divulgada pelo irmão de Paulo André, Tito Barata. Ao lado do pai, o também poeta e compositor Ruy Paranatinga Barata, Paulo se consolidou como um dos maiores compositores e músicos do Brasil. 

 

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