Disputa de Melhor Ator traz embate entre estreante e veteranos em 2019

O novato Rami Malek é considerado favorito por sua atuação em "Bohemian Rhapsody"

Enize Vidigal

18.02.19 8h48

Rami Malek pode ser o primeiro a levar a estatueta de Melhor Ator em seu filme de estreia no Oscar (Divulgação)

Apesar do favoritismo de Rami Malek em "Bohemian Rhapsody", que vem arrebatando prêmios nos principais festivais de cinema, este ano, o crítico de cinema Ismaelino Pinto acredita que a estatueta dourada de Melhor Ator de 2019 deve ficar entre Christian Bale, de "Vice", e Viggo Mortensen, de "Green Book", na cerimônia do Oscar 2019.

"Christian Bale e Viggo Mortensen já foram galãs. Isso os iguala. Bale é inglês e talvez ele não leve por causa disso, pois os acadêmicos de Hollywood costumam privilegiar os americanos. Mas (Bale) é um ator muito bom. Por outro lado, americano adora ator que se transforma para fazer o personagem (Dick Cheney)", avalia. Viggo interpreta Tony Lip.

Para o crítico, Remi Malek está maravilhoso na interpretação de Freddie Mercury, "mas está começando (no Oscar), vamos aguardar mais. Pelo menos é isso que se vê acontecer no Oscar". Malek arrebatou a maioria das premiações de Melhor Ator, este ano: Prêmio Globo de Ouro de Melhor Ator em Filme Dramático, Prêmio Bafta de Cinema, Prêmio do Sindicato dos Atores, AACTA e Satellite Award de Melhor Ator de Drama e Comédia Musical.

Outro concorrente é Bradley Cooper, do personagem Jackson Meinde, que faz par romântico com Lady Gaga (Ally) em "Nasce Uma Estrela". Este ano, ele conquistou o Grammy de Melhor Performance Pop de Dupla ou Grupo com Gaga pela canção "Shallow".

Já Willem Dafoe, de "No Portal da Eternidade", é o único dos indicados a Melhor Ator que não está em um longa concorrente a Melhor Filme. Porém, ele conquistou a Copa Volpi de Melhor Ator, a principal premiação do Festival de Cinema de Veneza, em 2018, com esse papel, além do Satellite Award de Melhor Ator em Filme de Drama, entre outros.

Ele interpreta Vincent Van Gogh no ano de 1888, quando o pintor enfrenta a rejeição às pinturas dele nas galerias de arte e se muda para Arles, no sul da França, onde luta contra os avanços da loucura, da depressão e a pressão social, mas entra em uma das fases mais produtivas da carreira. No Oscar de 2018, ele concorreu a Melhor Ator Coadjuvante com o "Projeto Flórida", mas não levou.