Exclusivo: Samantha Jones brilha como 'Zinha' em 'Renascer'; veja a entrevista
Em conversa com o Grupo Liberal, a artista deu detalhes sobre a personagem que se destaca entre o núcleo principal da novela das nove

Ciça em “Todas as Flores” e Adel em “Um lugar ao sol”, Samantha Jones está no ar com Zinha, no elenco de "Renascer". Vivendo sua primeira personagem nordestina na TV Globo, a atriz baiana se destaca com papel no núcleo central da história da novela das nove com a personagem e revisitou sua passado ao gravar parte das cenas em Ilhéus, onde passou boa parte de sua vida.
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Ao conversar com o Grupo Liberal, Samantha falou sobre a felicidade em dar vida à Zinha, com quem ela acredita ter características em comum e se diverte em interpretar. Além de poder revisitar suas memórias, a baiana também vê na personagem o reflexo de muita gente que ama e retorna à telinha com o Juan Paiva, o melhor amigo da filha de Jupará e Flor.
"A Zinha foi um presente desde o início. É também um reencontro com o Juan paiva, um prazer reencontrar essa pessoa super parceira desde o início. Eu me apaixonei por ela desde sempre, percebo desde os estudos. A construção dela, o feedback das pessoas e o carinho. O jeito que ela toca as pessoas, mesmo sendo essa personagem 'errante' muitas vezes, que fala na cara. Às vezes é para proteger, mas acaba saindo pela culatra. Acho que é uma personagem muito humana."
Samantha é uma artista multifacetada. Além de atriz, é cantora e compositora e entrelaça os talentos em vários âmbitos, especialmente na hora de gravar as cenas de Renascer. Envolvida com a cultura de cordel e forró desde a infância, ela começou a compor quando ainda morava no interior e hoje vê na música um lugar de conforto capaz de abrilhantar ainda mais Zinha.
"Minhas paixões se encontram em vários âmbitos. Em algum momento a atuação virou trabalho e a música virou algo que me acalma e pode ser só para mim ou para os outros. Nessa novela eu faço isso de cantar, o que aconteceu em um capítulo dessa semana. Acho lindo quando isso acontece e a gente pode explorar nossas outras habilidades. Fico bem feliz é quase unir o útil ao agradável, dando leveza à Zinha", comemora Samantha.
Gravação na Bahia
Para viver a melhor amiga de João Pedro, a atriz e a equipe envolvida no folhetim viajaram para Ilhéus, na Bahia, uma experiência, que para ela, foi importante e primordial para entender a vivência das roças para falar sobre o trabalho dos produtores. A trama se passa na cidade localizada no Sul do estado e tem seu enredo principal centrado em uma das principais atividades históricas da região: a produção de cacau.
"A gente vai falar de um lugar e é importantíssimo ter o contato direto com a terra e a pessoa com as quais a gente vai contar história. Conhecemos roças de cacau, entendemos sobre o que íamos retratar nessa novela. Além de aprender a manusear o objeto de cena, o facão, a gente fala dessa terra riquíssima. Começar por lá foi imprescindível para a qualidade, a verossimilhança com o que acontece em Ilhéus", explica.
Representatividade
Em "Renascer", Zinha passa por alguns questionamentos e enfrenta conflitos internos até entender sua sexualidade. Para a atriz, a personagem relembra a sua juventude, quando ainda morava no interior e demorou até entender que era uma mulher bissexual. Dar vida à melhor amiga de João Pedro, além de levar representatividade, é importante e inevitável, explica a artista.
"A Zinha tem um comprometimento com o que sente que me contempla bastante. Sou uma mulher bissexual e as confusões que Zinha terá na trama um pouco mais adiante, até se entender e se aceitar, também me lembram em algum lugar as minhas. A gente existe. Torço para que daqui a um tempo isso seja só mais uma característica. Acho super importante que ela conquiste o público. Com toda a certeza, tudo isso ajuda o público a ver identificação e se ver representado em uma personagem", pondera a baiana.
Próximos papeis e objetivos constantes
Samantha Jones aguarda, para ainda este ano, o lançamento do longa-metragem “Zé”, de Rafael Conde. No filme, ela vive Maria do Socorro, a “Graúninha”, companheira de militância do personagem principal, um dos líderes do movimento estudantil contrário à ditadura e assassinado pelos militares aos 27 anos.
Ela também integra o elenco da série de terror “Reencarne”, de Bruno Safadi, pelo Globoplay, como Noa. Na produção do streaming, prevista para 2025, ela vive uma bruxa de mais de 200 anos que lembra das vidas passadas e é capaz de apagar memória das pessoas que não conseguem lidar com essas emoções.
Feliz com o reconhecimento em suas personagens nas telinhas, a artista acredita que já realizou muitos sonhos e não tem um lugar específico para chegar. Para ela, sua alegria e trabalho são elementos sociais e compartilhados, trazendo uma satisfação pessoal que faz parte de um todo, sem querer estar em um topo.
"Eu acho que a gente está sempre em andamento. Gostar do que se faz é muito importante e bonito. Criar é vida tanto quanto nascer, criar músicas, personagens, fazer palhaçaria, teatro, é algo que parte para uma mistura de uma coisa com a outra. Quando falo de não acreditar em topo, é que sempre acredito estar conquistando algo, mas, um grande desejo é mudar pensamentos e que eu gostaria muito que acontecesse, de alguma forma, com o meu trabalho", conta.
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