Casal de acrobatas celebra Dia dos Namorados desafiando a gravidade no picadeiro

Os colombianos Jenny e Diego misturam técnica, força e confiança em performances como a suspensão capilar e dentária

Amanda Martins
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Enquanto muitos casais vão celebrar o Dia dos Namorados, comemorado nesta quinta-feira (12/06), com jantares românticos, Jenny Paola Diaz, de 44 anos, e Diego Armando, de 41, comemoram a data no alto, literalmente. Suspensos no ar, eles demonstram que o amor pode desafiar a gravidade, mas também é força e sincronia. Entre piruetas, saltos e voos sincronizados, o casal está junto há 12 anos como namorados e parceiros de cena no circo.

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Os dois integram a companhia do Circo Celestia, que está em temporada no estacionamento do shopping Bosque Grão Pará, em Belém, desde o mês de maio. Naturais da Colômbia, eles percorrem diferentes países da América do Sul levando acrobacias que envolvem técnicas de alto risco, como a suspensão capilar e a suspensão dentária. Nesse número, executado desde 2018, Jenny é suspensa pelos cabelos enquanto Diego a segura apenas com a boca, ambos elevados a vários metros do chão.

Diego entrou no circo cedo, aos 16, com apresentações de malabarismo, pernas de pau e arremesso de fogo. Dois anos depois, ingressou em uma escola de circo na Colômbia, onde passou oito anos em formação, enquanto participava também de festivais internacionais. Foi em uma produção especial do Festival Ibero-Americano do Teatro de Bogotá que conheceu Jenny, então dançarina aérea. 

image Jenny Paola Diaz, de 44 anos, e Diego Armando, de 41, são artistas do Circo Celestia (Cláudio Pinheiro / O Liberal)

Ela, por sua vez, conta que começou a ingressar no universo circense graças ao namorado. Após o amor à primeira vez, o  casal seguiu juntos para Buenos Aires e, depois, para o Rio de Janeiro, onde conheceram novas técnicas, por meio de uma professora brasileira, que os introduziu às habilidades de suspensão usadas até hoje no espetáculo do circo. 

“Depois que nos conhecemos, fomos explorando técnicas circenses ao longo do tempo, viajando por diferentes países e desenvolvendo nosso número. Sempre juntos”, contou Jenny. 

Sem filhos, o casal dedica-se integralmente à carreira artística e aos objetivos em comum dentro do circo. Para Diego, essa escolha contribui para manter o foco total na evolução profissional. 

“Isso nos dá muito mais tranquilidade e liberdade. Não se trata de nos desgastarmos com outras coisas, mas sim de focar nos nossos verdadeiros objetivos, como chegar a festivais, aos melhores palcos do mundo, aos melhores circos. Queremos alcançar o ápice do que sonhamos ser como artistas circenses”, afirma.

Segundo a bailarina acrobata, o amor e o trabalho coexistem com naturalidade. Jenny afirma que a vida conjugal é como a de qualquer outro casal. “Vivemos normalmente. Temos nossas rotinas, dividimos tarefas, às vezes brigamos, como todo parceiro. A única diferença é que nossa casa se move com o circo”, disse. 

Mesmo morando em anexo da companhia, em diferentes cidades e países, ela e Diego mantêm a rotina juntas: treinam lado a lado e compartilham os momentos fora do palco, como todo casal. 

Disciplinados, Diego conta que a preparação para as apresentações envolvem treinos constantes e um ritual próprio. Eles destacam que a vida de artista circense exige preparo físico e domínio cênico. 

image Casal percorre diferentes países da América do Sul levando acrobacias que envolvem técnicas de alto risco, como a suspensão capilar e a suspensão dentária (Cláudio Pinheiro / O Liberal)

“Você precisa estar pronto para dificuldades técnicas altíssimas, e também saber como se mover no palco, entender a luz, o momento da música. Tudo isso compõe a arte”, explica o acrobata.

E a confiança é apontada, segundo Jenny, como o pilar da relação, tanto afetiva quanto profissional. “É 100% confiança. Você precisa acreditar no outro o tempo todo, porque a vida de um está literalmente nas mãos, ou na boca do outro”, diz. 

“Confiamos plenamente um no outro, porque sabemos que é essa confiança que mantém a gente seguro no palco e fora dele”, complementa Diego. 

 

 

 

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