Banda Mizerê lança projeto Brega no Pagodão 2.0 nas plataformas digitais e anuncia shows
A proposta mistura a cadência do gênero pagodão com a identidade afetiva do brega paraense
A cena musical paraense segue sua tradição de diversidade e mais uma prova disto ocorre nesta sexta-feira (12), com o lançamento do projeto “Brega no Pagodão 2.0”, da banda Mizerê. O grupo, que atua no cenário do entretenimento há mais de 16 anos, apresenta agora uma proposta que mistura a cadência do gênero pagodão com a identidade afetiva do brega paraense. O resultado chega às 19h, nas redes sociais, no canal do YouTube e em outras plataformas digitais. O registro promete resgatar a memória cultural do brega e abrir caminhos para novas experiências sonoras.
VEJA MAIS
Segundo a banda, o repertório escolhido traduz a ponte musical proposta entre passado e futuro. Canções reconhecidas como símbolo do brega paraense como “Gererê”, de Nelsinho Rodrigues, “Brega Carimbó”, de Kim Marques, “Esfrega”, do grupo Pinta Cuia, e “Você Me Perdeu”, de Billy e Fábio, ganharam novos arranjos, com batidas atualizadas, guitarras pulsantes e percussão. O objetivo, segundo os diretores Jean Machado e Wildo Almeida, é valorizar a música que faz parte da vida do paraense, mas sob uma ótica contemporânea.
“Queremos mostrar que o brega não é só memória, é movimento, é algo vivo. E o pagodão, com sua energia, traz esse tempero de festa, de coletividade. O “Brega no Pagodão 2.0” é a nossa maneira de unir tradição e inovação, sem medo de experimentar” explica Jean Machado.
Além da proposta estética, o lançamento carrega um simbolismo importante: marca a estreia do cantor Paulinho Moreno como vocalista da banda Mizerê. O músico chega para reforçar a nova fase do grupo. “Estou entrando em um momento muito especial. O Mizerê já tem uma história consolidada, mas este projeto representa renovação. É um privilégio poder cantar músicas que embalam nossa cultura e apresentá-las de uma forma inédita”, comenta Paulinho.
A estreia ao vivo acontece no mesmo dia, dentro da programação do Orla Folia 2025, em Marabá, um dos maiores eventos carnavalescos fora de época do interior do Pará. No sábado (13), o grupo desembarca em Belém para apresentação na casa Açaí Biruta.
Mais do que apenas uma novidade no calendário cultural, “Brega no Pagodão 2.0” se insere em um debate maior sobre identidade musical. O brega, tantas vezes marginalizado, vem conquistando novos espaços e reconhecimento. Ao dialogar com o pagodão , gênero que carrega a força das periferias e dos grandes blocos festivos, o Mizerê aposta em uma fusão que tem potencial de conquistar tanto o público local quanto abrir portas para outros mercados.
O projeto também reflete uma tendência do cenário contemporâneo, a de revisitar clássicos com novas roupagens, sem perder a essência. “É uma forma de contar a mesma história, mas com uma linguagem atual, que dialoga com a juventude e com as novas plataformas de consumo musical”, analisa Wildo Almeida.
Com criatividade, ousadia e respeito às raízes, o Mizerê dá o primeiro passo em sua nova fase. O “Brega no Pagodão 2.0” não é apenas um show, mas uma declaração artística que reafirma a força da cultura paraense no palco e nas redes, pronta para ecoar em qualquer esquina do Brasil.
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA