Dia da Amazônia: conheça 7 curiosidades fascinantes sobre a maior floresta tropical do planeta
Celebrado em 5 de setembro, o Dia da Amazônia reforça a importância da preservação da floresta amazônica

Nesta sexta-feira (5/9), comemora-se o Dia da Amazônia, uma data criada em 2007 para reforçar a importância do maior bioma em biodiversidade do planeta. Com mais da metade de sua área localizada no Brasil, a Floresta Amazônica se estende por nove países da América do Sul e é essencial para o equilíbrio climático global.
Neste ano, Belém terá papel de destaque ao sediar, pela primeira vez, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30). Em meio às discussões sobre desenvolvimento sustentável e combate ao desmatamento, a floresta ganhará os holofotes como símbolo de resistência e vida.
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Em homenagem à data, conheça cinco curiosidades fascinantes sobre a Amazônia:
1. A maior floresta tropical do mundo
Com mais de 7 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia é considerada a maior floresta tropical do planeta. Ela abriga a maior diversidade biológica do mundo, sendo responsável por regular o clima, manter a umidade do ar e gerar chuvas em diversas regiões da América do Sul.
Apesar disso, vale destacar que, em termos de área total, a Taiga — floresta boreal que se estende pelo Hemisfério Norte — é ainda maior, com cerca de 12 milhões de km².
2. Areia do deserto do Saara
Pode parecer improvável, mas a fertilidade do solo amazônico depende diretamente da poeira do Deserto do Saara, na África. Ventos atmosféricos carregam milhões de toneladas de poeira rica em fósforo e ferro através do Atlântico, depositando esses nutrientes no solo da floresta.
Este fenômeno, documentado por cientistas da NASA, mostra como os ecossistemas do planeta estão interligados. A região do Chade é uma das principais fontes dessa poeira que atua como um fertilizante natural em solos amazônicos, que são naturalmente pobres em nutrientes.
3. Espécies aquáticas
A Amazônia abriga 85% das espécies de peixes da América do Sul, com mais de 2.400 espécies catalogadas e muitas ainda desconhecidas. A rede hidrográfica da região ocupa cerca de 45% do território brasileiro, abrangendo nove estados e quase 4 milhões de km².
A diversidade aquática é tamanha que cientistas acreditam que grande parte dessas espécies ainda não foi estudada.
4. Rios voadores
Uma das características mais curiosas da Amazônia são os chamados "rios voadores" — grandes massas de vapor d’água que se formam a partir da transpiração das árvores. Estima-se que cada árvore possa liberar até 500 litros de água por dia na atmosfera.
Esse processo gera cerca de 20 bilhões de toneladas de água lançadas ao ar diariamente. Parte dessa umidade retorna em forma de chuva, enquanto outra se transforma nos rios voadores, que transportam umidade para outras regiões do Brasil e da América do Sul, influenciando o regime de chuvas até no Sudeste e Centro-Oeste.
5. Uma nova espécie descoberta a cada dois dias
A floresta amazônica ainda é um vasto território inexplorado pela ciência. Entre 2014 e 2015, pesquisadores do WWF e do Instituto Mamirauá identificaram 381 novas espécies, incluindo 216 plantas, 93 peixes, 32 anfíbios, 20 mamíferos, 19 répteis e uma ave.
Isso significa que, em média, uma nova espécie foi descoberta a cada dois dias nesse período. O número reforça a necessidade de preservação da floresta, uma vez que muitas dessas espécies correm risco de extinção antes mesmo de serem completamente estudadas.
6. Um inseto gigante que come até cobras
Na imensidão da floresta, habita a maior centopeia do mundo: a Scolopendra gigantea, ou Centopeia-gigante-amazônica. Ela pode ultrapassar os 30 centímetros de comprimento e se alimenta de presas impressionantes, como sapos, lagartos, pássaros, cobras e até morcegos.
Essa predadora noturna utiliza seu veneno potente para imobilizar animais maiores que ela. Embora o veneno não seja letal para humanos, sua picada pode causar dor intensa, inchaço, febre e tonturas.
7. Corais na Amazônia
Pode parecer improvável, mas existem recifes de corais na foz do Rio Amazonas, onde a água é turva e a luz solar quase não chega. Descoberto por cientistas brasileiros e internacionais, o Grande Sistema de Recifes da Amazônia desafia o que se sabia até então sobre os limites da vida marinha.
Esses corais estão adaptados a viver em grandes profundidades, na zona de transição entre a água doce do rio e o Oceano Atlântico. A sobrevivência dessas espécies é possível graças à ação de bactérias que ajudam na produção de energia, mesmo com pouca luz. O estudo, publicado na revista Science Advances em 2016, envolveu 38 pesquisadores de 12 instituições, incluindo a UFRJ, e revelou um ecossistema formado por esponjas, rodolitos, algas calcárias e diversas espécies de corais. Um verdadeiro tesouro submerso da Amazônia.
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