Usuários frequentes de redes sociais relatam reinvenções no trabalho durante pane global
Migrar para outras plataformas foi uma alternativa utilizada por Maryelle Felix e Lucas Moraes durante à tarde desta segunda-feira (4)

Foram apenas algumas horas fora do ar, mas a instabilidade no WhatsApp, Facebook, Instagram, Telegram e outros cinco aplicativos, registrada nesta segunda-feira (4), impactou fortemente a vida de pessoas que utilizam as redes sociais para trabalhar nos mais diferentes segmentos.
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É o caso da produtora de conteúdo e empreendedora paraense Maryelle Felix. Dona de uma loja de roupas femininas, a influencer afirma que a maioria das vendas provêm das redes sociais, onde ela tem uma conta oficial e expõe os produtos ao público. Todos os dias Maryelle costuma receber mensagens das clientes e precisa negociar um por um dos pedidos, além de produzir publicações e apresentar as novidades de sua loja.
Por conta da pane dos aplicativos, que ocorreu por volta das 12h46, Maryelle não conseguiu se conectar com suas compradoras, o que gerou um grande prejuízo. “Logo que parou, já tivemos um impacto gigantesco, pois, automaticamente as vendas pararam também. Não conseguimos fazer as entregas, pois, como as pessoas utilizam o WhatsApp [e ele estava fora do ar], não pudemos confirmar o recebimento do produto”, explica.
Preocupada em evitar que houvesse mais danos, Maryelle precisou recorrer ao uso de outros dispositivos que pudessem substituir as redes sociais da loja, como o Telegram. Para alertar o público, ela decidiu disparar e-mail para os clientes com cupons de desconto e se empenhou em gravar vídeos para o Tik Tok mostrando as peças de roupas.
Mesmo assim, segundo a empresária, não foi possível alcançar o retorno esperado. Nesse sentido, ela enfatiza a importância das mídias para o sucesso do empreendimento. “Vou focar ainda mais em estratégias para outras redes sociais e fazer planos mais detalhados para quando o Instagram voltar”, afirma.
Jornalistas também foram prejudicados com pane global
Os novos métodos de apuração jornalísticos também sofreram impacto durante a pane global. O repórter e produtor Lucas Moraes conta que teve que se readaptar para fazer interações com as fontes e checar os fatos sem usar as redes sociais que, nos dias de hoje, é um instrumento de trabalho essencial para os profissionais de comunicação.
Para o jornalista, vencer as horas de "apagão digital" não foi fácil, pois as equipes de produtores, função que ele também desempenha, tiveram que atrasar o trabalho e encontrar formas de se conectar. “Consegui me adaptar, mas o aplicativo (Instagram) está sofrendo muita instabilidade e, às vezes, fica fora do ar. Ainda sim, deu pra resolver os problemas menores”, relatou.
Assim como a maioria dos profissionais, Lucas afirma que não conseguiria se adaptar a uma vida sem conectividade, já que a internet é sua principal ferramenta de trabalho. “Esses aplicativos se tornaram a meus intrumentos de consulta, checagem e distribuição de informação. Se se eles param, o meu trabalho consequentemente fica bem mais difícil”, finaliza.
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