Terminais do BRT Belém recebem ilustrações de artistas regionais
Os terminais do sistema BRT Tapanã, Maracacuera, São Brás e Estação Mangueirão irão receber ilustrações visando a COP 30

As paredes internas e externas dos terminais do sistema BRT Tapanã, Maracacuera, São Brás e Estação Mangueirão, em Belém, irão receber ilustrações feitas por artistas paraenses. A intervenção, que já começou desde segunda-feira (17), faz parte dos preparativos para a COP 30, que será sediada na capital em novembro de 2025. A iniciativa é da Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural de Belém (Fumbel), em parceria com a Equatorial, via Lei Semear.
Conforme a Fumbel, as ações de intervenção iniciaram pelo terminal Tapanã, que, brevemente, se tornará uma galeria de arte aberta para os passageiros do sistema BRT e para toda a cidade.
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“Muitas pessoas passarão por aqui e poderão contemplar a arte que é feita por artistas locais. Vamos tirar as cores neutras e cinzas das paredes e colocar mais cores para que os passageiros possam ter um local mais bonito e aconchegante de se ver. Queremos transformar esses espaços em galerias vivas e interativas com o público”, reforça o coordenador de produção, Janderson Oliveira.
Valorização de artistas locais
Grafiteiros, artistas visuais e ilustradores paraenses serão os criadores da “nova cara” dos terminais BRT Belém. Dannoelly Cardoso e Mama Quilla serão as artistas visuais responsáveis pelo terminal Tapanã.
“Eu trabalho diretamente com obras ligadas à regionalidade. Utilizando técnicas de grafite e muralismo, eu gosto de ilustrar os povos originários da Amazônia. Gosto de criar obras com detalhes da fauna e flora que existem em nosso cotidiano e trabalhar com a ideia de lembranças, resgatando memórias”, explica Dannoelly Cardoso.
Como um refúgio, durante sua gravidez, Mama Quilla decidiu seguir a carreira como artista visual. Ela deseja trazer para as paredes do terminal um pouco de seus sentimentos maternos e sua ligação com o meio ambiente.
“Eu sempre tive muito contato com as matas e uma forte conexão com a natureza. Porém, o meu despertar artístico surgiu a partir da minha maternidade atípica. Quando eu descobri o diagnóstico do meu filho, eu decidi trabalhar com o que realmente amo e ser artista visual. Pretendo trazer para essa intervenção um pouco da visão criativa que despertei a partir da relação com o meu filho”, conta a paraense Mama Quilla.
COP-30
Pensando na COP 30, a ação surge também como uma ação de sustentabilidade que alertará sobre as riquezas da Amazônia e os cuidados necessários com o meio ambiente. “Essa é uma ação onde há ligação da cultura e do turismo. Queremos que todos se sintam acolhidos ao passar por aqui e desfrutem de obras artísticas. A cultura e o turismo não são só para quem visita a nossa cidade, eles são para aqueles que vivem em Belém. Por meio dessa intervenção, os passageiros poderão vivenciar mais das obras dos nossos artistas visuais”, declara a presidente da Fumbel, Inês Silveira.
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