Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza mutirão para identificar câncer da pele em Belém

A ação da campanha "Dezembro Laranja" será realizada no próximo sábado (03), em várias cidades do Brasil

O Liberal
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A campanha Dezembro Laranja, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), possui o tema "Não espere até sentir na pele”, e, por essa razão, a entidade promoverá neste sábado (3), das 9 às 15 horas, mutirões gratuitos em 100 centros no país todo, para identificar novos casos de câncer da pele. No Pará, precisamente, em Belém, a população poderá se consultar em três locais: Ambulatório de Dermatologia da Universidade Federal do Pará (UFPA)/Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), Sala 2, rua dos Mundurucus, 4.487, no bairro do Guamá; Centro de Especialidades Médicas (Cemed) do Cesupa, na avenida Governador José Malcher, 1.242, no bairro de Nazaré; no Ambulatório de Dermatologia da Universidade do Estado do Pará (Uepa), na travessa Perebebuí, 2.623, no bairro do Marco.

Informações sobre os locais de atendimento presencial podem ser encontradas no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Pacientes que tiverem  alguma lesão suspeita serão encaminhados para tratamento. O acolhimento será feito por ordem de chegada, dentro de um número limitado de consultas. Nos mutirões em 2019, foram atendidas mais de 25 mil pessoas em cerca de 130 postos, por todo o Brasil. Desde a sua implementação, em 1999, a iniciativa já beneficiou mais de 600 mil pessoas.

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Ao longo de todo mês, a campanha vai contar com várias atividades. A SBD reforça a necessidade de a população buscar atendimento regular de um dermatologista que possa checar de tempos em tempos se a pele apresenta alguma lesão suspeita.

Como informa a SBD, o câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém seus números são muito altos.

"A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente", como informa a SBD.

Prevenção

A edição da campanha em 2022, que ocorre desde 2014, coloca no centro dos debates os trabalhadores urbanos e rurais que estão diariamente expostos aos raios solares em virtude de sua profissão e em horários de lazer. 

O coordenador da campanha e do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, Renato Bakos, destaca que "a prevenção ao câncer da pele é importante em todas as esferas da sociedade: desde aqueles que estão expostos ao sol por lazer até os que precisam trabalhar ao ar livre todos os dias. Por isso, queremos mostrar as formas possível de fotoproteção, como o uso de filtro solares e de barreiras físicas, como bonés, chapéus, óculos”, explica o médico.

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Como prevenir o câncer de pele diariamente de forma simples, segundo a SBD:

  • Evite a exposição ao sol e proteja a pele dos efeitos da radiação UV (radiação ultravioleta);
  • Usé chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares;
  • Evite a exposição solar e permaneça na sombra entre 10 e 15 horas;
  • Use filtro solares com FPS 30 ou mais diariamente, e não somente em horários de lazer; consulte um médico dermatologista ao menos uma vez ano para um exame completo.

Pandemia atrasou diagnósticos

Números oficiais analisados pela SBD mostram que mais de 17 mil casos de câncer de pele deixaram de ser diagnosticados no auge da pandemia de covid-19, entre 2020 e 2021. A situação afetou, sobretudo, a população com mais de 60 anos. No período, o total de internações em decorrência da doença também caiu 26%, segundo informações do Sistema Único de Saúde (SUS).

A SBD informa, também, que em 2020 - momento mais crítico da pandemia de covid-19 - foram realizados 17.227 diagnósticos a menos dessa doença do que em 2019. Isso significa que o número absoluto de casos registrados foi 24,7% menor do que no período anterior ao avanço do coronavírus.

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A campanha Dezembro Laranja será intensificada nas redes sociais da entidade. Serão publicados cards, vídeos e motions explicativos sobre o câncer e a importância de procurar um médico dermatologista em caso de aparecimento de mancha ou lesão suspeita. Prédios públicos e monumentos históricos ao redor do País serão iluminados na cor laranja, para chamar a atenção dos cidadãos para a prevenção à doença.

Quais os sintomas de câncer de pele?

A doença pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Entre os sinais que fazem soar os alertas estão:

  • Lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
  • Pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
  • Mancha ou ferida que não cicatriza e que continua a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

“É importante ficar atento aos sinais que o corpo emite. No entanto, é importante ressaltar que o exame clínico feito por médico dermatologista e potencial biópsia é que podem confirmar o diagnóstico de câncer da pele, efetivamente. Por isso, em caso de aparecimento de qualquer sinal diferente, o paciente deve procurar um médico”, enfatiza Bakos.

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Qual o tratamento para o câncer de pele?

A SBD informa que há diversas opções terapêuticas para cuidar do câncer da pele não-melanoma. A modalidade escolhida muda conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos de menor complexidade. Dentre os tratamentos mais usuais estão:

  • Cirurgia excisional;
  • Curetagem e eletrodissecção;
  • Criocirurgia;
  • Cirurgia a laser; 
  • Cirurgia Micrográfica de Mohs;
  • Terapia Fotodinâmica (PDT);
  • Radioterapia;
  • Quimioterapia;
  • Imunoterapia;
  • Medicações orais e tópicas.

Já para os casos de câncer de pele melanoma, o tratamento pode variar de acordo com a extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente. As variantes de modalidades cirúrgicas são as principais alternativas. 

“Em ambos os tipos de câncer, é de extrema relevância que o diagnóstico seja precoce para evitar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas do corpo, em casos de baixa letalidade, ou piora da qualidade de vida e até morte, em casos mais graves. Boa parte dos cânceres de pele podem ser curados com tratamentos iniciais”, esclarece o coordenador do Dezembro Laranja 2022.

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