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Relacionamento aberto: entenda o que é e quais são as regras

O assunto ganhou repercussão após a atriz Deborah Secco dizer que antes da separação, seu casamento com marido era aberto

Lucas Quirino

Nas últimas semanas, o tema relacionamento aberto ganhou uma grande repercussão após a atriz global Deborah Secco afirmar que antes do término do seu casamento com Hugo Moura, eles viviam uma relação aberta. E ainda, a ex-BBB 24 Giovanna Pitel declarou durante sua participação no reality que ela e o namorado também vivem um relacionamento aberto. Para explicar esse tema, Iranilde Brito, sexóloga e terapeuta de Belém, concedeu entrevista ao Grupo Liberal explicando as regras e como lidar com esse tipo de relação.

O relacionamento aberto é uma forma de relação em que o casal concorda em permitir interações afetivas ou sexuais com outras pessoas, desde que haja comunicação e acordos prévios estabelecidos. Essa dinâmica difere do modelo tradicional monogâmico e depende do entendimento e respeito mútuo entre os parceiros, detalha a sexóloga Iranilde Brito. 

Ela ainda revela que a busca por liberdade e a diminuição da culpa leva as pessoas a optarem por esse tipo de relação, destacando que muitas vezes a traição ocorre devido à sensação de excesso de cobranças e insegurança por parte do parceiro. Sendo assim, ele visa abraçar essa necessidade de liberdade e autonomia, permitindo interações sem o peso das cobranças e do sentimento de erro.

“O relacionamento aberto é aquela relação que há um sentimento afetivo entre o casal, eles são conscientes, se amam e em algum momento, eles decidiram abrir essa relação.Nesse casos, tem relações sexuais, mas pode não ter. Pode ser só uma relação que você vai sair com alguém para conhecer, para conversar. Pode ser que esse parceiro ou essa parceira esteja em viagem e ambos entram em acordo antes desse episódio e resolveram. Mas antes da pessoa fazer algo, aquilo foi conversado, colocado limites. Então, ele é justamente um acordo que o parceiro, ambos vão entrar e colocando suas regras, seus limites”, pontua a sexóloga.

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Qual a principal regra?

A especialista explica que nos relacionamentos abertos a principal regra é a necessidade de diálogo e definição de regras claras, sendo essencial para evitar problemas e garantir a estabilidade do casal. A importância do diálogo, transparência, responsabilidade afetiva e segurança emocional nas relações interpessoais são fundamentais para evitar o desenvolvimento do ciúme e insegurança emocional, que podem levar à sensação de traição, sinaliza Iranilde.

“É muito importante estabelecer acordos e ter consciência sobre a realidade da relação. Há exemplos em que a falta de segurança e comunicação adequada resultou em insegurança e desconfiança, levando a um declínio na relação. A necessidade de diálogo e definição de regras claras é essencial para evitar problemas e garantir a estabilidade do relacionamento aberto”, frisa a sexóloga. 

Diante disso, Iranilde Brito descreve que tanto os relacionamentos monogâmicos, como os não monogâmicos e poliamoroso enfrentam suas dificuldades, mas é importante questionar e experimentar antes de aderir a uma modalidade. As pessoas estão cada vez mais dispostas a explorar diferentes formas de relação. 

Tendência

Iranilde ressalta que há uma crescente na visibilidade em torno do relacionamento aberto, devido ao fato das pessoas quererem uma alternativa que evite a traição. Ela também aponta que outro fator determinante vem do impacto da pandemia, destacando a influência dos aplicativos de encontros e a busca por interações emocionais e sexuais fora do relacionamento principal. A pandemia de covid-19 proporcionou um aumento na exploração desse tipo de dinâmica, antes menos visada, por meio de conversas íntimas e encontros casuais mediados por aplicativos.

“A pandemia também abriu muito o leque do relacionamento aberto, pois se formos observar, antes não era tão falado como está sendo de 2020 para cá. Por exemplo, o uso de aplicativos de relacionamentos fizeram as pessoas começarem escondidas, a procurar muitas relações, por exemplo, de conversar só na conversa, ou de ter encontros casuais. Então a pandemia também abriu leque para o relacionamento aberto, porque o que seria uma traição no aplicativo, agora fez com que esse momento, esse espaço que não era tão visado, fosse mais explorado”, disse. 

Iranilde também ressalta que o interesse em “relacionamentos abertos estão na moda, onde as pessoas estão explorando essa modalidade devido à sua popularidade atual. As pessoas estão experimentando relacionamentos abertos para ver como é, sem necessariamente comprometer-se a longo prazo. Porém, embora seja uma tendência, não significa que todos que experimentam irão permanecer nesse tipo de relacionamento”. 

Essa modalidade está mais presente na faixa etária de 25 a 45 anos, pois estão mais abertos a questionar suas vontades e desejos, especialmente em relação à vida amorosa e sexual. Em regra, as pessoas nessa faixa etária estão iniciando suas vidas a dois, casando-se mais tarde e talvez até explorando segundos ou terceiros casamentos, o que os leva a considerar relacionamentos abertos como uma opção, classifica a especialista

A sexóloga alerta que em muitos casos as pessoas aceitam essa dinâmica para tentar salvar suas relações, mas acabam percebendo que a prática difere da teoria e pode prejudicar a harmonia. Impulsionados pela influência da mídia, o julgamento externo pode ser agressivo e sem compreensão das necessidades individuais.

Lucas Quirino (Estagiário sob supervisão de João Thiago Dias, coordenador do núcleo de Atualidade)

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