Projeto oferece aulas gratuitas de tênis para crianças de escolas públicas de Belém
Quatro alunos já vão participar de torneios, entre os quais Alexandre Avelar, de 10 anos
“Meu sonho é ser um atleta no futuro”. Tímido para falar, com um sorriso no rosto e a raquete nas mãos, Alexandre Avelar e Silva, de 10 anos, contou que gosta muito de praticar tênis. Morando em Belém, ele está na escolinha do projeto nacional Rede Tênis Brasil, um projeto social de massificação ao esporte para crianças de escolas públicas. As crianças também recebem suporte pedagógico do projeto.
O objetivo do projeto é quebrar barreiras econômicas e sociais, oferecendo melhores oportunidades através da apresentação do tênis em escolas públicas, dando aulas de forma gratuita e ajudando na formação pessoal dos jovens através de aulas de reforço escolar de matemática, português, inglês e inclusão digital.
E, no sábado (21), das 10 às 12 horas, cerca de 30 crianças se reuniram em uma atividade desse projeto, no Set Point Belém, localizado no Clube COAGB T1, na avenida Júlio César, no bairro Souza, em Belém. A professora de Educação Física Amanda Barros é coordenadora do Rede Tênis Brasil. Ela disse que o objetivo é massificar o esporte tênis e levá-lo para a comunidade, principalmente para as escolas públicas.
O projeto chegou em Belém em 2021 e atende crianças, de 5 a 12 anos, da região metropolitana. É dividido em fases. A fase um é quando a equipe do projeto vai às escolas para ter esse primeiro contato com as crianças, explicando sobre o esporte. A fase dois é a escolinha do projeto.
“O tênis a gente trabalha com a metodologia de bolas. Umas bolinhas mais leves, uma quadra menor. E, conforme a criança vai evoluindo, vai mudando o tamanho da quadra e da bola. Até o momento em que a criança chega para jogar com a bola profissional e na quadra inteira”, afirmou. Atualmente, há 100 alunos na fase dois.
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Quatro alunos já vão participar de torneios
Quatro alunos já estão em nível de competição. “Temos quatro atletas que já vão começar nessa rotina de torneios. São eles: Andrei Douglas e o José Heitor, que jogam na categoria 12 anos, o Alexandre Avelar, que joga na categoria de 10 anos, e o Miguel Dantas, que é o mais novo, que joga na categoria de 8 anos. O objetivo é ampliar mais e trazer mais crianças para cá para esse esporte, que é muito bom”, disse.
Amanda Barros disse ainda que todas as crianças do projeto têm acompanhamento pedagógico e ganham plano odontológico gratuito. “O projeto só tende a melhorar essa questão e transformar a vida das crianças”, afirmou.
Crianças de qualquer escola pública podem fazer parte do projeto. Elas podem ir direto na Set Point Belém, e preencher um formulário de inscrição. O projeto é gratuito. Tem aula terça, quinta e sábado.
Amanda Barros destacou, ainda, a importância social do projeto. “Incentivo ao esporte, que consegue transformar muito a vida das crianças. Tem a socialização. O projeto dá esse suporte pedagógico. Se a criança tiver alguma dificuldade na escola, a gente consegue dar esse suporte, para manter esse equilíbrio: ela tem que estar bem na escola para poder manter o esporte. A criança desenvolve a capacidade física dela desde muito cedo. A coordenação motora”, afirmou.
"Ele nunca mais parou de jogar", diz mãe de aluno
A assistente social Vanessa dos Santos Avelar, 38 anos, é mãe de Alexandre Avelar, de 10 anos. “Na época do meu estágio, o Alexandre ficava todos os dias pedindo para colocar ele no projeto. Só que eu não tinha tempo. Eu fazia meu estágio e o horário do projeto era 14 horas. Depois que eu finalizei o estágio, aí eu comecei a trazer ele”, disse. “Aí, desde então, ele nunca mais parou de jogar. Já faz um ano”, contou.
O esporte trouxe vários benefícios, principalmente o compromisso de Alexandre praticar tênis. “Ele tem muita responsabilidade com essa questão de vir jogar o tênis. Até porque ele gostar de estar com os colegas dele. Eu fico muito orgulhosa por causa dele, até porque nós incentivamos o sonho dele. ‘É isso quer você quer? Então tem que lutar por isso’”. Todo tempo a gente vem com ele”, afirmou.
Alexandre disse que gosta muito de jogar tênis. “É muito bom”, disse. “A tia Amanda foi na minha escola (escola Estadual de Ensino Fundamental Professora Emiliana Sarmento Ferreira, na Sacramenta). Quando eu comecei a jogar na minha escola, já comecei a gostar. Eu estava perturbando a minha mãe para me colocar no projeto. Ela me colocou. Meu sonho é ser atleta no futuro”, disse o garoto.
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