Projeto BRT Centenário gera expectativas em moradores e trabalhadores da área
O início das obras está previsto para começar entre maio e junho deste ano
O anúncio do projeto “BRT Centenário”, apresentado pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) na última quarta-feira (5), tem gerado expectativas em moradores e trabalhadores do entorno da av. Centenário, em Belém. A obra que prevê a interligação da avenida Augusto Montenegro ao Centro de Belém, a partir do Terminal Tapanã, passando pelas avenidas Centenário, Júlio César, Pedro Álvares Cabral, Senador Lemos e Avenida Visconde de Souza Franco, tem previsão de início entre maio e junho deste ano.
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De acordo com a Seurb, a execução das obras ocorrerá em três etapas, sendo a primeira etapa correspondente a 1ª etapa A - com aproximadamente 10 Km - que compreende o trecho do Aeroporto internacional de Belém à avenida Almirante Barroso; segunda etapa, chamada de 1º etapa B, compreendente também 10km e a avenida Augusto Montenegro vindo pela Centenário, até a Júlio César; terceira etapa que é chamada de 2ª etapa B, com 10km e que correspondente ao trecho que vai da avenida Pedro Álvares Cabral, ligando a Júlio César até avenida Visconde de Souza Franco.
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) já liberou R$ 156 milhões para as obras do BRT Centenário. Destes, cerca de R$ 60 milhões foram utilizados no BRT da Augusto Montenegro, restando R$100 milhões para as obras do novo BRT. A execução do projeto contará com a participação de outras sete secretarias municipais.
O operador de caixa Adelson Barata é morador de um conjunto às margens da av. Centenário e acredita que o projeto irá beneficiar os usuários do transporte público na área. “Se funcionar legal como é pra funcionar é uma boa ideia com certeza”, afirma.
Adenilson revela não ter dificuldades para pegar ônibus para o centro da cidade, sendo o deslocamento mais tranquilo pela av. Centenário do que pela Augusto Montenegro, mas ressalta que o poder público deve ter atenção as necessidades dos usuários na hora de colocar o projeto em prática.
“Tenho conhecidos na Augusto Montenegro que tem bastante dificuldade com relação à travessia, por o semáforo ser longe das paradas, aí é preciso andar uma boa distância, se arriscar para atravessar no BRT. Então eu acho que o BRT tem que ter uma adaptação para todos, tanto para quem usa automóvel quanto para pedestres. É complicado pra gente que pega ônibus a parada ser aqui e a faixa de pedestres daqui a 500m”, pontua.
Para a vendedora ambulante Rosileide Sales, o BRT Centenário representa a possibilidade de melhoria, contudo, gera preocupação com relação aos transtornos causados pela obra. “Falam que vão fazer, mas demoram pra caramba! E outra coisa, a obra fica toda inacabada. Aqui na rua da Yamada mesmo estão construindo faz um tempão, às vezes o trânsito fica horrível por conta da obra. A mesma coisa vai acontecer aqui. Isso vai acabar atrapalhando não só na minha venda como também quem passar pela avenida” pontua.
Por ter a barraca montada próximo a uma parada de ônibus, Rosileide acompanha de perto as dificuldades de quem precisa do transporte para se deslocar. “Custa muito a passar o ônibus. Era pra ter muita opção aqui, mas o que a gente vê é que tem pouca opção. Às vezes quando eu preciso apanhar um ônibus eu chego na parada 17h40, dá 18h30 e eu ainda estou esperando o meu ônibus, senão tenho que pegar dois ônibus e aí o custo é maior.”
O projeto BRT Centenário está em fase final de licitação, com previsão de 18 meses de obras para ser entregue em dezembro de 2023. A obra também contemplará o viaduto Júlio César e contará com paisagismo, iluminação moderna, ciclovia e calçadas acessíveis.
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